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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2013

São parcas.

É curioso, no mínimo, estares no teu caminho de sempre, nas tuas rotinas, e exactamente no dia, no momento em que te encontras solta, distraída, sem defesas, em comparação com os dias em que vestes a armadura, em que fantasias, em que te preparas para imprevistos, encontros e insólitos, é exactamente nesse momento que se dá o que não esperavas mas que esperaste sempre. E nunca é como querias. E a tua reacção também não. E moves-te. Porque tens de seguir. Sem olhar para trás.
Acredito que há sempre algo, alguma coisa que nos impacta num momento qualquer das nossas vidas e influencia tudo o que iremos ser. Não falo aqui de traumas, nem de experiências mais negativas. Também as temos mas agora foco-me nas positivas. Como por exemplo, aquele momento em que percebemos que aquela pessoa é o nosso mentor. Ou que ouvimos algo que nos vai mudar para sempre. Não sei concretamente o que é, mas pode ser qualquer coisa para qualquer pessoa. Um  cheiro, uma música, um toque, uma pessoa, etc. Sei perfeitamente o que foi para mim. Tinha 11 anos, caixa-de-oculos, borbulhenta, tímida, sentido-me diferente de toda a gente (como todos os adolescentes se devem sentir), reservada, já com o feitio que me é próprio, e "infeliz" como só se é infeliz na adolescência. A minha professora de inglês deu-nos a ver dois filmes fantásticos. Mas num deles, quando ouço a professora daquele turma dizer "Que não há vítimas nesta classe" e que "Há sempre uma es

Dos momentos felizes

Adoro casamentos. Adoro. Porque falam de amor, de boas energias, de afectos. Falam de amizade, de companheirismo, de intimidade. Tenho estado presente em muitos casamentos de amigos especiais. E em que, com muita honra tive sempre um papel próximo. Seja a acompanhar  as provas dos vestidos (M. , I. C.), seja em ler na igreja, seja em fazer parte da festa com todo o espírito disponível e alegre.  Apesar de adorar casamentos nunca pensei verdadeiramente nisso para mim. Sempre achei que não era "casável". Que não era uma coisa para mim. Apesar de todo o meu romantismo. Apesar de adorar a ideia de compromisso. Não tenho aquela ideia romântica do casamento como "o sonho de qualquer mulher". Não é o meu sonho. Não digo que não gostava, claro que sim, mas nunca pensei muito nisso como uma realidade possível. Mas, neste momento em que passo a vida a ver vestidos de noiva (duas amigas que casam para o ano, e a minha melhor amiga que casou há duas semanas) vi este e fiq

Sou apaixonada pela minha língua

Porque não conheço nenhuma com as tonalidades que a língua portuguesa capta. Porque me divirto quando escrevo, quando tento dar mudar o estilo, o tom, e não me sinto presa por condicionalidades várias. Porque é uma língua fluída, mas ao mesmo tensa, cuja musicalidade se encontra muitas vezes esquecida nas sílabas precisas e duras. Porque o português consegue transformar-se continuando sempre fiel a ele próprio. Por isso adoro o modo como no Brasil se escreve letras de música e o modo único como tiram toda a capa formal que o português costuma ter e o tornam mais próximo, mais quente, mais doce. E o português daqui, de ao pé de mim, tão forte, tão intenso, tão profundo, tão duro que queima, que doí...

E falando de envelhecer... II

Já não me interessam apenas se os sapatos são giros e em conta. Tem que ser giros e de qualidade. Confortáveis  A minha definição de confortável que não é sapato horrível e baixo, mas sim sapatos altos com estilo e confortáveis. E isso, cada vez me apercebo mais. Só se consegue com calçado caro. Nada a fazer.  Por isso estou a ficar velha. Porque o "giros e super em conta" só me soa a reles. p.s. Mas como não sou rica e sou estratega: consegui uns sapatos de 140 euros (todos em pele) por 31,50. E não foi em outlets de colecções de há 30 anos.

Desemprego

Isto de saber controlar (defeito de profissão) os ataques de ansiedade deve ser óptimo para os ataques. Para a ansiedade é uma merda de que não sai de maneira nenhuma, nem em pressão. E eu sei que tenho que ter força, e que até me mostro bem, a rir, e a fazer coisas, desde ginásios, a cursos financiados, sair com os amigos, organizar actividades, voluntariado a triplicar e a responsabilidades várias, mas tudo isto não chega. Não tapa, não concerta, não completa. É como se tivesse muitos acessórios giros e andasse nua. Falta-me o simples vestido preto. Simples e de bom corte, mas intemporal.

Outubro

As noites de chuva fortes parecem sempre ligadas aos meu mais profundos momentos de nostalgia. E o Outono para mim, é, por muitos motivos, melancolia, despedidas, felicidade e partilha.

Resiliência é o meu segundo nome

Depois de dois dias um bocado (muito) perdidos volto à luta. Porque 48 de vitimização e comiseração são demasiado ridículos e eu sofro muito de vergonha alheia mas também sofro muito da própria além de ter um senso de ridículo muito maior do que o que devia,

Desilusão

Dizem que há momentos em que é preciso sorte, ter uma estrelinha . Decididamente eu nasci do lado errado deste prisma. E neste momento estou desiludida, um bocadinho desesperada, não nego, e muito triste. Espero não estar quebrada.

E falando de envelhecer

Também noto quando entro na Massimo Dutti e já gosto de quase tudo e saio apressadamente da Stradivarius porque tudo me cheira a plástico. Como para a Massimo Dutti ainda não há euros, vou-me ficando pela Mango que parece ter mais qualidade que lojas Inditex e não é tão cara como a Zara (que para a qualidade dos produtos os preços são uma piada....)

Classe

Estava ligeiramente preocupada porque desde ontem que mergulhei em Bob Dylan e ainda não saí. Mas tendo que envelhecer mesmo, penso que ao menos, Bob Dylan tem classe.

Agora a sério

Parcas, Ser Superior, Deus, Deusa, whatever, que raio de piada foleira é esta? Pegam nas minhas fantasias pseudo-dramáticas, lamechas, mas de bom gosto, e transformam-nas numa realidade wanna be pirosa? Isto não é material de qualidade para eu aproveitar. não não é. (Sim o blog também serve para desabafos que só eu é que percebo, mas tenho que os escrever, para mais tarde me rir disto com gosto.)

Inspiração

Se bem que não seja do meu total agrado, e do que tinha pensado para mim, a tua presença, seja convidada ou não, irá aparecer por aqui. Eu quereria, como num sonho, ou numa realidade, sei agora, artificial, que as páginas se escrevessem por si mesmo, com sentimentos castos e belos, com vidas ultrapassadas e não adiadas, com visões do futuro nas turvas rias do presente.  Eu julgava, pobre inocente, que há sempre pontos com nó, que toda a gente colhe o que semeou, que há beleza na agonia dos amores desemparelhados.   Não esperava, (como poderia?) que para se preencher uma página cheia, um coração teria que ser esvaziado. .... Vezes e vezes sem fim. 

Mesmo

" "Existe algo de loucura num padrão de comportamento que coloca a ambição e o êxito acima da necessidade de amar e ser amado. Há algo de loucura numa pessoa que não está em contacto com a realidade do seu ser — o corpo e as suas sensações. E existe algo de loucura numa cultura que polui o ar, as águas e a terra em nome de um padrão de vida 'mais elevado'." Alexander Lowen (retirado do blog  http://o-parlapie.blogspot.pt /)

É sempre preciso*

E outra coisa...

Que raio deu para as pessoas para agora em pleno Portugal dizerem cardigan. É um casaquinho de malha! Se os vossos não são de malha, azarinhos, olhem para as etiquetas, comprem nacional, deixem de ser chulados por marcas que colocam casacos 80% poliester a preços obscenos e os chamam cardigans para vocês pensarem que assim é fino/fashion/cool/trendy. p.s. Devo estar a ficar velha.