Ele não deixa de tentar. Mesmo que tenha passado mais de meia década. Passa os dedos pelo cabelo. Como deixar de tentar. É ela que ele quer. Está no seu sangue, no seu sopro, no seu corpo. Tem toda a história que viveram e viveriam (viverão!) bem articulada e presenciada. Olha para ela e vê-a. Conhece-a sempre. As piadas, o jeito. O que a faz rir. Sempre. Isso não mudou. Deus, como a ama tanto. Como mostrar-lhe? Envia-lhe mensagem, vídeos, imagens. Sabe que força um pouco o ritmo. Com ela, atrapalha-se. Quer dizer as coisas certas e tem noção que dá tiros no pé. É só ela que quer. Por isso insiste. Sabe que não acabou.
É tão óbvio. É tão óbvio que ou continuamos a dançar a mesma dança ou então, que escolhi o momento certo para lançar a seta que derrubou exércitos e que me fez senhora do meu destino e do meu reino. Eu ganhei de qualquer maneira. A única batalha onde queria apenas ter-me rendido.