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Mensagens

Never ending story

Ele não deixa de tentar. Mesmo que tenha passado mais de meia década. Passa os dedos pelo cabelo. Como deixar de tentar. É ela que ele quer. Está no seu sangue, no seu sopro, no seu corpo. Tem toda a história que viveram e viveriam (viverão!) bem articulada e presenciada. Olha para ela e vê-a. Conhece-a sempre. As piadas, o jeito. O que a faz rir. Sempre. Isso não mudou. Deus, como a ama tanto. Como mostrar-lhe? Envia-lhe mensagem, vídeos, imagens. Sabe que força um pouco o ritmo. Com ela, atrapalha-se. Quer dizer as coisas certas e tem noção que dá tiros no pé. É só ela que quer. Por isso insiste. Sabe que não acabou. 
Mensagens recentes

Provocação

 É tão óbvio. É tão óbvio que ou continuamos a dançar a mesma dança ou então, que escolhi o momento certo para lançar a seta que derrubou exércitos e que me fez senhora do meu destino e do meu reino.   Eu ganhei de qualquer maneira. A única batalha onde queria apenas ter-me rendido.

Sopro, Sussurro, Rajada

 Sem aviso penso o que será que achas desta música. Gostarás desta cantora? Ainda te acontece sonhar ao som das vozes que te inspiram?  Já não te conheço.  (outro dia) Sinto um soco algures (aqui. aqui. e aqui) ao ver o reconhecimento. O impacto gela-me, a sincronicidade derrete partes de mim. Sim, essas que estão escondidas e vivas num cenário hipotético, falso e manifestamente louco.  

TAKE VII

 Engulo em seco ao ver-te. Estás mais velha e nota-se. Emagreceste. Cortaste o cabelo. Tens rugas na cara. Digo as banalidades típicas de um encontro casual. Tu sorris. E dizes uma piada qualquer das tuas a tentar descontrair o momento. Continuas a ser tu. Tão direta que nem te apercebes como isso é sedutor. Achas que isso é uma fraqueza. E eu, sinto-me a desmontar.

IMORTALIDADE

 Eu ria-me, sem maldade, mas incrédula. Era tão ingénua, ignorante. Ria-me dos que sofrem através dos tempos e dos espaços. Zombava dos que nas sombras tremem e anseiam, dos que se preocupam, mesmo sem papel, sem drama, sem protagonismo. Há um lado meu que ainda ruge ao ouvir o teu nome, que se sobressalta ao pressentir as tuas angústias, que te quer dar colo na possibilidade de estares triste, zangado ou só.   Por outro lado, sinto o ferro do fracasso e o peso húmido da banalidade nos olhos.  A humilhação do desperdício congelado. Ali, nu, para quem quiser ver. Sinto os meus risos nos ouvidos uma e outra vez. Mesmo que grite, num murmúrio, saber de que nada tenho de me envergonhar. Inspiração: "Tu foste o meu erro mais bonito"

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s

Aqui volto, aqui estou

 - Com um bebé de 9 meses que é uma energia positiva na minha vida e que já me ensina tanto - Com o doutoramento parado - Com a coragem para me despedir e iniciar outro projeto (mais incerto, mais duro, mais interessante, mais desafiante) - A tentar segurar muitas bolas... como mãe, mulher, amiga, filha, companheira, trabalhadora . - A equilibrar full time job com vários(!) part-times porque , como toda a gente sabe, isto não está fácil para quase ninguém - A tentar perceber mesmo como será que as mães solteiras conseguem, a admira-las muito, e a agradecer não estar nessa situação - A tentar segurar alguns cacos do coração,: há dois anos o meu pai, agora, a minha heroína, a minha avó.  - A agradecer a sorte, o timing ou o quer que chamem a isto de  ter encontrado e estar com alguém, que independente dos momentos maus, desafiantes,  seguimos fortes. Amo-te.  És um companheiro e pai incrível.  - A pensar também "fodasse, do que me livrei". O mundo gira :)

Pensamentos da gravidez

1- Curiosamente a altura em que me senti mais vulnerável, a precisa mais de me sentar, a sentir que precisava de passar a frente de filas e que não conseguia fazer esforços, foi quando a barriga mal se notava. Agora de 6 meses, apesar de não poder correr, sinto-me lindamente e nada pesada.  2- Aquela parte de passar de dormir 6 horas para 10 nos primeiros meses é só assim horrorosa. 3- Como assim enjoar (de dar vómitos mesmo) do cheiro a café, que é só um dos cheiros que mais adoro no mundo? 4- Isto é tudo muito lindo, mas morro todos os dias por comer sushi. Mal parir quero, ainda na sala de partos 40 peças no mínimo por favor.  5-"Tens de abrandar" AH AH AH.  6- Não tinha preferência nem curiosidade em saber o sexo da criança.  7- Agora sei e estou esmagada pela responsabilidade de vir a criar um ser humano. Que quero  acima de tudo que seja íntegro e honesto, essas qualidades tão antiquadas e tão mal vistas hoje em dia.  8- Estou a adorar o corpo de grávida. Adoro a barrig