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A mostrar mensagens de 2013

Quase fim de ano

Ansiedade outra vez em altas. Não consigo negar ou evitar sentir-me assim. Eu sei que a vida é feita de evoluções e retrocessos, mas estou um bocadinho cansada (e isto é eufemismo) de não conseguir fazer nada ou quase nada do que sonho. Seja viajar, ter um espaço meu ou outras coisas. Deste ano ficam coisas muito boas. Ficam sempre. As minhas pessoas. Que amo. Que estão aqui. Ficam as surpresas. Da minha resiliência. Da generosidade de muitas pessoas. Da partilha Da entrega. Para o próximo ano só peço mais afinco meu, mais esforço, mais coragem, mais generosidade. Preciso de praticar isto. E só um bocadinho de sorte que anda a faltar. Um beijo a todos =)

Do meu Natal

- As pessoas que amo. Reunidas na ceia. Encontradas à tarde no meio do temporal. Rindo de manhã com bandoletes de renas na cabeça. - A comida boa. O salame de chocolate da minha madrinha. O caldo verde da minha avó. O bacalhau com couves da minha mãe. Os meus sonhos de cenoura. - Das trocas. As prendinhas que têm maior significado porque cada vez mais as pessoas se conhecem melhor. Os livros. O carinho. A cumplicidade. - Do riso. Eu e o meu primo. Não interessa que a noite já não seja a longa benzana até o sol raiar e chegarmos a casa pelas 8 da manhã. Igual a tantos nas coisas boas, diferente porque é o meu =)

Feliz Natal

Que encontrem em vocês e nos vossos as sementes de felicidade mais importantes e valiosas. Porque no fundo é disso que é feito o Natal. Das coisas que verdadeiramente importam. Sejam felizes.

a dor do amor

Tenho uma amiga de 19 anos, quase menos uma década que eu tenho a desabafar comigo sobre problemas amorosos. A dor do amor é igual em qualquer idade. Só muda o calo ganho, a eventualmente a simplicidade do flirt, ficamos menos ingénuos e percebemos melhor o que temos a ganhar e a perder. Apesar de ser melancólica por natureza, sou pouco nostálgica e não tenho saudades das confusões que teria na minha cabeça nessa altura. Era uma dor diferente, mais abrangente. menos focada, mesmo que direccionada. Não era menos forte. Era apenas menos profunda. Provavelmente até era mais impactante. Os amores dessa altura marcam. Sem dúvida. Mas dez anos depois, posso dizer sem sombra de dúvida que nenhum desses foi amor da vida para mim (e foram poucos, muito poucos). Só os que vieram depois (que ainda são menos, muito menos). Todos guardados com carinho. Não nego. Sempre amei, gostei, apaixonei-me por homens, garotos, ou rapazes que no momento em que gostei deles eram interessantes. A ma

Dezembro

Há momentos, em que, independentemente das certezas, dos sentimentos, da força do caminho que se seguiu, indiferente e gélido face ao que teve que ser abandonado, chega a ti uma ânsia , uma fraqueza (que no fundo é força) de estender uma mão, de sorrir, de fingir que o tempo não passou. Que não foste voluntariamente abandonada, que não foste decidida e forte. Que não tomaste decisões corajosas. Finges que está tudo igual. Que aqueles olhos de encontro aos teus nunca tiveram um intervalo (de anos) em que não se olharam. Que sorris, que ele sorri contigo e que isso basta.

O amor é isto também

Não sei de vocês, mas a mim excita-me muito mais a confiança e o respeito do que as inseguranças e as discussões de faca e alguidar. A segurança de um homem nele próprio e na pessoa que ama é um dos maiores turn-ons que conheço.

Eu tenho mau feitio eu sei

Irritam-me as listas de Natal (ou wishlist que é mais fino) espalhadas por esta blogosfera. Soa-me estranho. Ostensivo. Interesseiro. Pedinchão. Eu sei que quem não chora não mama, mas parece-me um contra senso tão grande nesta altura os sonhos serem todos tão materiais.

O mundo gira

Não muda muita coisa por aqui. Continuo desempregada mas realmente estar parada não é para mim e já arranjei maneira de ter sempre alguma coisa para fazer. Portanto o tempo para ler, ver séries e navegar ficou reduzido a quase zero. O tempo para ver pessoas também . Eu uma vez disse que a minha vida era sempre em ciclos de dois anos... estou a fazer contas e pois... ...E fica mais ou menos tudo igual.

Corrijo

As mulheres não gostam de beijos roubados. Não não é disto que elas gostam. Elas gostam de beijos arrebatados. Sonham e fantasiam com eles. Se forem arrebatadores tanto melhor.

Falta de fotogenia

Costumam dizer muitas vezes que sou mais interessante ao vivo. E sendo mais interessante ao vivo sou mais interessante ainda depois de me conhecerem, Um modo simpático de dizerem que sou feia que doí mas com uma personalidade que atenua isso.

Isso

"Fode-me com alma mas por favor não te esqueças do corpo." Pedro Chagas ou na minha versão mais soft, há dois anos, numa mesa de café, com uma imperial na mão, o cérebro frito e o coração desfeito: "Pára. Chega de poesia. Estou cansada de poesia.  Ela não me aquece os pés à noite."

Em modo parvo

O que nos toca e parece que não vai tocar pode ser na altura em que menos esperas, e o não tocar-te quando pensas que vai tocar-te também. É tocante isto. Ter um cérebro e um coração tontos, tão tontos que quando um sente uma coisa o outro pensa exactamente o contrário e vice versa.

A questão

O problema é que a memória é lixada. E muitas vezes ao seguir em frente, o momento decisivo é quando percebemos que já não é como era. E dá um medo enorme. De esquecer. De esquecer, não necessariamente  os gestos, a pessoa, o que tinham. Esse lado, mais racional, mais óbvio, mais efectivo pode ficar, pelo menos fica mais tempo, com maior ou menor grau de memórias falsas. O que me dá medo, um medo enorme é esquecer-me da importância. Da potência da dor. Do alcance da amizade. Da força do envolvimento. Do que nós sacode a alma e nos agita cá dentro. Do que nos faz apetecer vomitar e cantar ao mesmo tempo. Do que nós dá prazer e angústia. Do puro, bonito e transcendente que pode ser um sentimento. Simples assim. Deve ser por isso que fantasio tanto. Que tenho lutos longos. Que perduro. Porque o do que é feito o amor devia durar para sempre. Mesmo que o resto não dure. E dá um medo enorme perder o que fica em nós. Porque perde-se sempre. Porque para seguir em frente, fica a lição, o erro

Por outro lado,

Sim, não tenho filhos para criar (e por este andar nunca vou ter). Não pago rendas, nem luzes, nem águas e vivo debaixo de um tecto (que se lixe a independência...). Não passo fome. Ainda tenho um carro. Ainda posso ir ao ginásio. Por isso estou óptima de vida. Os sonhos são para os caloiros. (Ou Gastões desta vida)

Engraçado

As únicas pessoas que conheço que dizem não dar grande importância ao dinheiro foram aquelas que nunca tiveram grande dificuldade em tê-lo ou a usufruírem do que ele proporciona.

O dinheiro não faz ninguém feliz mas facilita

- É muito triste quando tem que se decidir não ir a um aniversário de uma amiga porque há a gasolina, a prenda e o preço do menu em que pensar (15 euros) e por isso terei de recusar (eu que em tempos idos tendo que escolher entre ir a jantar e comprar um miminho para mim escolhia sempre os meus amigos). - Ter uma crise de nervos porque se partiu uma lente de contacto, algo que nunca aconteceu em 12 anos a usar, e agora ter que pagar metade de um seguro de um carro por outra lente. - Ter uma segunda crise e ter que devolver um determinado valor à segurança social porque pelos vistos andou a mandar-te mais do que o que devido do teu fantástico subsidio de desemprego. - Averbar a carta para se poder conduzir ambulâncias e engolir em seco quando pedem 55 euros por isso... - Não poder dar as prendas que queria às pessoas que mais amo. E sinceramente isto é o que custa mais. - Ter que deixar sempre para outro mês a compra de uns calções, capacete para ir de andar de bike (emprestad

Disto do merecimento, da justiça e dos caminhos

O mais complicado de viver numa sociedade em que se estimula o positivismo acima de tudo e o "vê sempre o lado positivo" é ter de aturar com um sorriso cansado as pessoas que com todas as boas intenções, tenho a certeza, porque são amigas, e não vêm a insensibilidade da coisa dizerem "há coisas piores, vive as coisas boas que tens e faz x ou y para te sentires melhor". Não entendem que isso é apenas conversa de treta, fácil, fácil, vazio e fútil de quem está melhor. Melhor nos aspectos de terem um chão. Uma solidez qualquer. Um caminho que já começaram a forjar. Ou um caminho já meio caminhado. Qualquer coisa. Não quero falar aqui de aspectos práticos (sejam eles, casa, um contrato, um emprego, uma perspectiva sólida) porque há sempre o argumento "ah, mas já nada é definitivo". Pois eu sei. Mas no presente têm algo, a grande maioria algo concreto e já conseguiram fazer alguma coisa. Prática. Efectiva. E olhando em volta tem pouco a ver com merecimentos

Descobri que adoro o Norte

1- A paisagem: A Peneda é um dos sítios mais bonitos deste Portugal. Para quem pensa (como eu) que só existia o Gerês, do outro lado da Montanha Amarela existe a montanha da Peneda, igualmente espantosa, com paisagens fantásticas, trilhos giros por explorar, e o santuário da Nossa Senhora da Peneda que é fantástico; vale mesmo a pena o tempo que demoramos por estradas e estradinhas para chegar lá. 2- O pitoresco.  Imperdível os encontros previstos e imprevistos, de carro ou a pé com as imponentes vacas mirandesas. Pacíficas, giras e fotogénicas, não arrendavam pé de onde estavam. Sejam carros, sejam humanos que passem ao lado =P 3- A comida. Adorei o restaurante Inácio em Braga. E o A Tulha em Ponte de Lima. E o restaurante do hotel onde estivemos hospedados. Boa comida, maravilhosa, de encher mesmo a barriga e muito em conta. 4- O hotel. Chama-se Peneda hotel, e é um hotel como eu gosto. Acolhedor, bonito e sem pretensiosismos bacocos. Simples e com um charme rústico que me enca

E também no aspecto emocional

Sou aquele tipo de pessoa que em situações de catástrofe e de crise se mantém serena, fria, concentrada. Não há pânico nem desorientação. Mas depois, quando já está tudo descontraído, serenado e calmo, depois da tempestade passar, só quero fugir, encontrar um sítio sereno e calmo, onde possa tremer, descontrolar-me e chorar.

Do que são feitos os sonhos

Sim, talvez tenha a ver com isso. Com a minha definição de romantismo. De encontros. De amores. Dos perfeitos. Achei sempre que tinha a ver com partilhas. Com construções. Com desabafos. Com conversas apaixonantes. Sedutoras. Brincalhonas. Que há sempre uma grande história, um grande enredo, antes do culminar. Que fazem sentido. Que têm aquele "pequeno ponto no nariz". Que é no tempo que se faz o amor. No tempo da espera, dos espaços, das respirações, dos silêncios, da entrega. Da entrega recatada de um olhar, de uma pele quase demasiado perto, de um prolongar de qualquer coisa no ar, de um riso confidente. Nos meus sonhos os grandes amores começam sempre a conversar....

Passagens

"-Não se pode dizer que seja um grande conversador. Nunca fui. - Pois eu diria que te fartaste de conversar comigo. -Não sei porquê, mas a verdade é que consigo falar contigo." (After Dark, os passageiros da noite - Haruki Murakami)

Aparências

Infelizmente não, não estou muito romântica. Estou frágil. E como não posso ou não consigo demonstrar como me sinto de outra maneira transponho tudo para a minha vertente mais emocional. Porque quando estou frágil, independentemente do motivo, tudo se escapa, as comportas fechadas abrem-se, tudo parecem dúvidas, e muita coisa fica em causa. Especialmente caixas fechadas e colocadas no cimo de escadotes. Ando com demasiado tempo livro para andar a limpar-lhes o pó, é isso.

Não interessa a realidade, apenas o que retiro dela

"...Na estrada um homem vem ao seu encontro. Aquele que ela esperava encontrar. Plena de alegria diz-lhe e repete-lhe que não saiu senão por causa dele. Tem razão, se quisermos. Quem não trás em si uma parcela de poeira, de pátria, de uma suave noite de Primavera? Esquece a razão que a levou a sair de casa, apenas as pernas se lembram disso. Vão caminhando os dois, caminham juntos, ele e ela, e quanto mais se afastam mais gente encontram. E como ela ama o companheiro de todo o seu coração, as pernas afligem-se seriamente. No entanto, vão-na levando sempre mais longe; têm dificuldades em acompanhar-se um ao outro. E eis que a estrada conduz a um certo espaço onde parece passar menos gente. Ali seria possível segredar qualquer coisa e lançar um olhar para a retaguarda. (...) E aconteça o que acontecer isso não pode ter nenhuma importância, pois um "eu sou tu" os une por todos os laços imagináveis neste mundo e burila, jovem, orgulhoso, e lasso, perfil sobre perfil, em meda

São parcas.

É curioso, no mínimo, estares no teu caminho de sempre, nas tuas rotinas, e exactamente no dia, no momento em que te encontras solta, distraída, sem defesas, em comparação com os dias em que vestes a armadura, em que fantasias, em que te preparas para imprevistos, encontros e insólitos, é exactamente nesse momento que se dá o que não esperavas mas que esperaste sempre. E nunca é como querias. E a tua reacção também não. E moves-te. Porque tens de seguir. Sem olhar para trás.
Acredito que há sempre algo, alguma coisa que nos impacta num momento qualquer das nossas vidas e influencia tudo o que iremos ser. Não falo aqui de traumas, nem de experiências mais negativas. Também as temos mas agora foco-me nas positivas. Como por exemplo, aquele momento em que percebemos que aquela pessoa é o nosso mentor. Ou que ouvimos algo que nos vai mudar para sempre. Não sei concretamente o que é, mas pode ser qualquer coisa para qualquer pessoa. Um  cheiro, uma música, um toque, uma pessoa, etc. Sei perfeitamente o que foi para mim. Tinha 11 anos, caixa-de-oculos, borbulhenta, tímida, sentido-me diferente de toda a gente (como todos os adolescentes se devem sentir), reservada, já com o feitio que me é próprio, e "infeliz" como só se é infeliz na adolescência. A minha professora de inglês deu-nos a ver dois filmes fantásticos. Mas num deles, quando ouço a professora daquele turma dizer "Que não há vítimas nesta classe" e que "Há sempre uma es

Dos momentos felizes

Adoro casamentos. Adoro. Porque falam de amor, de boas energias, de afectos. Falam de amizade, de companheirismo, de intimidade. Tenho estado presente em muitos casamentos de amigos especiais. E em que, com muita honra tive sempre um papel próximo. Seja a acompanhar  as provas dos vestidos (M. , I. C.), seja em ler na igreja, seja em fazer parte da festa com todo o espírito disponível e alegre.  Apesar de adorar casamentos nunca pensei verdadeiramente nisso para mim. Sempre achei que não era "casável". Que não era uma coisa para mim. Apesar de todo o meu romantismo. Apesar de adorar a ideia de compromisso. Não tenho aquela ideia romântica do casamento como "o sonho de qualquer mulher". Não é o meu sonho. Não digo que não gostava, claro que sim, mas nunca pensei muito nisso como uma realidade possível. Mas, neste momento em que passo a vida a ver vestidos de noiva (duas amigas que casam para o ano, e a minha melhor amiga que casou há duas semanas) vi este e fiq

Sou apaixonada pela minha língua

Porque não conheço nenhuma com as tonalidades que a língua portuguesa capta. Porque me divirto quando escrevo, quando tento dar mudar o estilo, o tom, e não me sinto presa por condicionalidades várias. Porque é uma língua fluída, mas ao mesmo tensa, cuja musicalidade se encontra muitas vezes esquecida nas sílabas precisas e duras. Porque o português consegue transformar-se continuando sempre fiel a ele próprio. Por isso adoro o modo como no Brasil se escreve letras de música e o modo único como tiram toda a capa formal que o português costuma ter e o tornam mais próximo, mais quente, mais doce. E o português daqui, de ao pé de mim, tão forte, tão intenso, tão profundo, tão duro que queima, que doí...

E falando de envelhecer... II

Já não me interessam apenas se os sapatos são giros e em conta. Tem que ser giros e de qualidade. Confortáveis  A minha definição de confortável que não é sapato horrível e baixo, mas sim sapatos altos com estilo e confortáveis. E isso, cada vez me apercebo mais. Só se consegue com calçado caro. Nada a fazer.  Por isso estou a ficar velha. Porque o "giros e super em conta" só me soa a reles. p.s. Mas como não sou rica e sou estratega: consegui uns sapatos de 140 euros (todos em pele) por 31,50. E não foi em outlets de colecções de há 30 anos.

Desemprego

Isto de saber controlar (defeito de profissão) os ataques de ansiedade deve ser óptimo para os ataques. Para a ansiedade é uma merda de que não sai de maneira nenhuma, nem em pressão. E eu sei que tenho que ter força, e que até me mostro bem, a rir, e a fazer coisas, desde ginásios, a cursos financiados, sair com os amigos, organizar actividades, voluntariado a triplicar e a responsabilidades várias, mas tudo isto não chega. Não tapa, não concerta, não completa. É como se tivesse muitos acessórios giros e andasse nua. Falta-me o simples vestido preto. Simples e de bom corte, mas intemporal.

Outubro

As noites de chuva fortes parecem sempre ligadas aos meu mais profundos momentos de nostalgia. E o Outono para mim, é, por muitos motivos, melancolia, despedidas, felicidade e partilha.

Resiliência é o meu segundo nome

Depois de dois dias um bocado (muito) perdidos volto à luta. Porque 48 de vitimização e comiseração são demasiado ridículos e eu sofro muito de vergonha alheia mas também sofro muito da própria além de ter um senso de ridículo muito maior do que o que devia,

Desilusão

Dizem que há momentos em que é preciso sorte, ter uma estrelinha . Decididamente eu nasci do lado errado deste prisma. E neste momento estou desiludida, um bocadinho desesperada, não nego, e muito triste. Espero não estar quebrada.

E falando de envelhecer

Também noto quando entro na Massimo Dutti e já gosto de quase tudo e saio apressadamente da Stradivarius porque tudo me cheira a plástico. Como para a Massimo Dutti ainda não há euros, vou-me ficando pela Mango que parece ter mais qualidade que lojas Inditex e não é tão cara como a Zara (que para a qualidade dos produtos os preços são uma piada....)

Classe

Estava ligeiramente preocupada porque desde ontem que mergulhei em Bob Dylan e ainda não saí. Mas tendo que envelhecer mesmo, penso que ao menos, Bob Dylan tem classe.

Agora a sério

Parcas, Ser Superior, Deus, Deusa, whatever, que raio de piada foleira é esta? Pegam nas minhas fantasias pseudo-dramáticas, lamechas, mas de bom gosto, e transformam-nas numa realidade wanna be pirosa? Isto não é material de qualidade para eu aproveitar. não não é. (Sim o blog também serve para desabafos que só eu é que percebo, mas tenho que os escrever, para mais tarde me rir disto com gosto.)

Inspiração

Se bem que não seja do meu total agrado, e do que tinha pensado para mim, a tua presença, seja convidada ou não, irá aparecer por aqui. Eu quereria, como num sonho, ou numa realidade, sei agora, artificial, que as páginas se escrevessem por si mesmo, com sentimentos castos e belos, com vidas ultrapassadas e não adiadas, com visões do futuro nas turvas rias do presente.  Eu julgava, pobre inocente, que há sempre pontos com nó, que toda a gente colhe o que semeou, que há beleza na agonia dos amores desemparelhados.   Não esperava, (como poderia?) que para se preencher uma página cheia, um coração teria que ser esvaziado. .... Vezes e vezes sem fim. 

Mesmo

" "Existe algo de loucura num padrão de comportamento que coloca a ambição e o êxito acima da necessidade de amar e ser amado. Há algo de loucura numa pessoa que não está em contacto com a realidade do seu ser — o corpo e as suas sensações. E existe algo de loucura numa cultura que polui o ar, as águas e a terra em nome de um padrão de vida 'mais elevado'." Alexander Lowen (retirado do blog  http://o-parlapie.blogspot.pt /)

É sempre preciso*

E outra coisa...

Que raio deu para as pessoas para agora em pleno Portugal dizerem cardigan. É um casaquinho de malha! Se os vossos não são de malha, azarinhos, olhem para as etiquetas, comprem nacional, deixem de ser chulados por marcas que colocam casacos 80% poliester a preços obscenos e os chamam cardigans para vocês pensarem que assim é fino/fashion/cool/trendy. p.s. Devo estar a ficar velha.

Um pouco de tudo

1) Não quero falar da vergonha que para mim representa 50% de abstenção. E não há desculpas. 2) De certeza que a pessoa que inventou a frase "a realidade ultrapassa a ficção" tinha uma vida parecida com a minha. 3) Acredito que a força das energias positivas superam sempre as negativas por isso não tenho medo de falar.

Hoje é tudo sobre livros

Os tops de livros nacionais deixam-me um amargo na boca. Mas provavelmente é assim em todo o lado eu é que não sei. Não me interpretem mal, eu tenho a visão que ler é óptimo, seja o que for, mas sinto que anda muita gente a perder a oportunidade de ler livros maravilhosos para ler entretenimento.

Vim de férias num dos sítios mais bonitos deste país e...

li isto. " Não acredites em quem te diz que a dor não existe. A única ajuda que te podem dar é dizerem-te que a dor existe sim, mas que daqui a bocado passa. E que depois voltará, e que de novo passará. O desejo de morrer ninguém to tira, o que tens é de aprender a viver nos intervalos da vontade de morrer. " Da febre dos feno s . E só por isso já vale não estar de férias.

Se calhar sou feminista e não sabia

Apesar de, enquanto psicóloga perceber perfeitamente os mecanismos sociais e cognitivos que levam as pessoas a quererem (consciente ou não) enquadrar-se em perfis, em estereótipos, juro que como ser humano e especialmente como mulher, isso não só me é completamente estranho como ser humano único, como me ofende como mulher pensante, inteligente e que tem a mania que pensa. Este assunto advém de ter acabado de ver algures na internet um produto de manicure, que consiste em desenhos para as unhas divididas entre vários tipos de temáticas. E as temáticas seriam vários tipos de mulheres, a ver: a princesa (com laçinhos laçarotes e rosas), a rebelde (com tatoos e afins), a hipster (com ocúlos e a cena dos bigodes muito na moda), a professora (ar de senhora composta), a turista (viagens e afins), a rockeira (rock e rock), a sailor (estão mesmo a ver não é?), entre outras... E juro que isto no mínimo me melindra um pouco.... porque eu como mulher sou tanta coisa que não se enfia assim em

Do amor

Se há alguma coisa que sei que nunca vou ter inveja de ninguém é das emoções e sentimentos que já senti. Das relações que tive, dos amores e desamores, dos encontros e sobretudo dos amores desencontrados. Tenho 28 anos, não fui nada precoce (sempre fui do "não sou capaz" e "quem sabe um dia quando eu quiser ou poder ou estiver preparada", e claro o "se calhar nunca ninguém me vai amar e fico solteira para sempre") e acredito que ainda me falte viver muita coisa, e estou expectante em relação a isso, mas não ansiosa, o que for será e o mundo adora dar voltar de 180º , especialmente nos momentos em que julgamos em que esta tudo em banho-maria, ou pior quando julgamos "assim é que está bom". Por isso, em relação ao amor, sinto-me, preenchida e completa. Já vive sentimentos tão díspares, tão profundos e tão diferentes, por pessoas tão especiais, que porra, só posso estar muito agradecida às parvas das minhas parcas. Porque apesar de tudo, amei no

Uma semana na aldeia V

No meio de mousse de chocolate, muitos copos de ginginha e Beirão há quem se surpreenda com a minha idade. "Uhhh, tens 28???? Dava-te no máximo uns 24". Vou decidir que isto é bom e que ando com boa cara e não que ando a regredir.

o tempo?

Passa devagar devagarinho. E encontrar forças para procurar? E para encontrar novos planos, novas estratégias? Ir fazendo coisas. Ler muito. Também comecei a correr de manhã. Só porque sim. Depois para equilibrar comi uma napolitana de chocolate e um Carbury de avelãs dos grandes. Ando a preocupar-me tanto com o que como que provavelmente é por isso que não emagreço. E a ansiedade deve entupir de certeza. Aumenta as células gordas. Ou então o ginásio e a corrida não chegam para o tempo que estou parada, a inventar coisas para o tempo passar.

Definição?

Custa-me escrever desempregada em impressos. Em selecionar essa opção quando me inscrevo num qualquer site de marcas de produtos de beleza ou outros. É um rótulo que odeio e que se cola à pele, como se eu fosse incapaz ou burra, ou inadaptada. Quando eu sou tanta coisa....

Sempre fui

Uma pessoa de copos cheios ou de copos vazios. Tenho pouco espírito para o assim assim ou o deixar andar. O meu copo vai enchendo enchendo até que não dá mais e pronto. Vai tudo. E pode doer. Pode doer muito. Mas a tomada de decisão é inevitável, e sem passos trás. Posso olhar o passado que tenho nas costas, mas nunca volto para lá.

Cozinheira

Estou a tornar-me uma expert a cozinhar. Sai-me sempre tudo bem. A ver: Tarte de peixe do livro Cozinha sem limites do Gordon Ramsay: check =) Tiramisu versão mais portuguesa de uma revista de receitas: check e aprovadissimo =)

Socorro

Está a existir uma proporcionalidade crescente entre o aumento do ginásio e os números que me aparecem na balança. Curiosamente também proporcionais à minha ansiedade e à minha capacidade para comer porcaria. Sem desculpas.

Eu nunca disse que pensava bem nas coisas

Tomei a decisão muito sensata de tendo em conta que fui dar sangue de manhã de não ir fazer uma aula de Insanity nem experimentar aulas novas. Portanto hoje o ginásio ardeu. Ao fim do dia tomei a decisão muito pouco sensata de ir carregar com minis e com sacos com compras para o jantar que vou dar amanhã.

Não mostres, guarda para ti

E curiosamente era esta a música...

Quero uma casa

Decorada à minha maneira. Onde possa cozinhar muito, muito. Onde possa receber amigos, os distantes, os próximos, os familiares, os de sempre e os novos. Onde me divirta, onde me passe com a desarrumação e onde possa arrumar do meu jeito. Onde haja recantos para ler, luz do sol a entrar, surpresas e locais onde amar. E onde fazer amor também.  Uma casa com estantes infinitas de livros, com muito branco e muita cor, com pormenores meus e dos que amo. Com comida. Feita por mim, pelos outros, também comprada, mas boa. Cheias de calorias boas. Uma casa de chás, de frascos, de latinhas, de revistas bonitas e de imagens com que me identifico. Uma casa com almofadas, com puffs, com chaises longes (ou lá como se chamam) para ser acima de tudo confortável para quem entra.  Uma casa com cães. Talvez também uma casa com gatos.  Quero uma casa. Pequena. Com janelas grandes e com recantos. A minha casa.

Eu curto muito este mundo

Onde ao mesmo tempo em que redescobres músicas e blogs, e redescobres a preciosidade que são as verdadeiras amizades (love you A.) redescobres que as tuas Parcas estão vivinhas e de saudinha e já não basta o stress (não) profissional em que estás, que embora lá juntar uns pozinhos de especiarias e redescobrir os sentidos que tinham sido desligados à força.

Adoro-vos

Adoro ver as minhas amigas A. e L. que vejo tão pouco por se encontrarem cada uma numa ilha longe de mim. Adoro-vos mil vezes daqui à lua e voltar. Sempre. Mesmo que não o diga. Vocês estão "aqui" sempre.*

Ginâsio III

Bem, já que ganhei peso a ideia agora é fazer pelo menos duas horas de aula por dia (dantes só fazia uma). E ainda vou experimentar três ou quatro aulas que me faltam

Ginásio II

Não percebo bem as senhoras que vão com leggins pretas fininhas quase transparentes para o ginásio. Acabo por lhes ver tudo o que não é suposto a meio das aulas.

Karma

É um bocado lixado perceberes que não foste nada mais que um tropeção parvo na vida de alguém para essa pessoa perceber o valor que dá as coisas/pessoas que tem na vida e ser feliz.

Copo meio cheio

- Dois bolos feitos hoje (um completamente inventado e que ficou óptimo) - Uns sapatos nude altos girissimos e clássicos por apenas 15 euros e que com sorte e pelo que parece confortáveis  (Parfois Outlet) - Voltei a ser um balde de suor no ginásio? - Viciada na sério Hannibal.; é demasiado bom, como estive até agora sem vê-los? Vou ver agora o 12º e o 13º episódio

Quem não tem cão caça com gato

Ou andar a saltitar por worshops das mais diversar temáticas fará de mim uma pessoa pelo menos com mais temas de conversa: - Workshop sobre linguagem corporal - microexpressões: convite expresso na sexta e prontamente aceite. - Workshop de styling e roupa (algo deste género, vou lá ver as vistas) - é já no próximo sábado.

Despedida de solteira de uma amiga

- Andei a procura de sex shops na zona de Lisboa. Os bons fecharam. Os porreiros estão de férias. Abertos os caros e fracotes.  Solução: Comprei em mão, toys eróticos de uma loja on-line cuja sede é na minha zona de residência =) - Andei de limosine (toda a gente devia fazer uma coisa bimba pelo menos uma vez por ano) - Bebi os melhores cocktails (restaurante Harlem), fiz corações em origamis e ri muito. - Acabei a noite a falar horas e horas com uma das minhas amigas de coração.

Das personagens da minha vida.

Falo das personagens e não dos filmes, porque as personagens marcaram-me. Adoro os filmes, todos, sendo o segundo o meu favorito por diversos motivos, mas as personagens são realmente o que me faz emocionar. Pela essência, pelo toque real, pelas conversas tão genuínas, tão próprias, tão próximas de conversas que todas as pessoas que tiveram a sorte de se cruzar com aquela pessoa (acredito profundamente que há apenas uma pessoa com que temos isto) têm. Adoro as personagens. Porque mantém a minha crença que se esgota, no alinhamento cósmico, e nos destinos traçados. Porque acontece e pronto.

Há 730 dias...

...Eu, cínica, não de coração, mas de aprendizagem, voltei a acreditar em conspirações cósmicas, em destinos traçados, em almas que se separaram e que se encontraram por fim.  ...Recebi sinais que respondiam aos meus tremores, aos meus desejos, angústias e interrogações... mas que nunca as solucionaram, abafaram ou completaram. ... Começou algo que nunca começou verdadeiramente e talvez por isso nunca teve um fim. ... Acreditei em magia. No momento, acredito em outras coisas boas, mas já não na magia. ...Nunca pensei que o meu coração saltaria hoje, pela lembrança, por uma brisa, por um sentimento fugidio expresso numa noite estrelada.

O meu problema

É que tenho momentos em que começo a pensar que sou a pessoa com menos sorte do mundo, e que a minha vida nunca vai andar para a frente. Quero fazer coisas sem ter sempre a corda na garganta. Quero ter o meu espaço, a minha casa, um dia quero muito ter filhos, até queria que fosse antes dos 30 mas já vi que vai ser impossível e esta estagnação mata-me. Pronto é por isto. E irrita-me a injustiça. E não ter padrinhos, nem cunhas nem heranças, nem rendimentos, nem a puta de um trabalhinho fixo com ordenado certo ao fim do mês e contrato sem termo (porque esses para despedir é mais complicado. Também me irrita ser honesta até ao tutano e não entrar em biscates, ou em ceninhas só para conseguir uns trocos. Eu tenho problemas, juro que tenho. Onde é que eu coloco todos os meus valores borda fora?

Então que se passa por aqui?

- Actualização do currículo feita - Zero funções para as quais posso concorrer nos sites de emprego - Fiz bolachinhas de sésamo e ficaram maravilhosas - Também me safo a fazer risoto de courgette com gambas - Não tenho lido grande coisa; passo a manhã na cama a deprimir/dormir(molengar) - Desde segunda que sou novamente um balde de suor no ginásio; a conseguir ir todos os dias sem excepção e nem estou muito partida; isto quer é andamento - Cafés com amigos, preciso de espairecer; - Quarta temporada de mentalista a ser vista a todo o vapor - Snaks de beterraba são bons; - Tenho um jeito para fazer sopa de legumes que não vós passa;

Como levantar o astral em apenas um fim de semana

- Mojitos num dos melhores miradouros de Lisboa - Jantar pela primeira vez num chinês clandestino - Conhecer novas pessoas -Rever velhos amigos -Beber e comer numa das melhores tascas (das verdadeiras) de Lisboa - Almoçar num dos melhores restaurantes de Setúbal - Fim de tarde na relva no parque das nações - Sorrir e amar, sempre.

1 dia

E emails de despedida? Onde é que eu tenho estômago e cabeça para emails de despedida? Mas entre isso e despedir-me pessoalmente das pessoas, que é coisa que o meu coração não aguenta , e saír sem dizer nada, que é coisa que o meu coração também não aguenta, lá vai ser essa a opção.

1 dia e meio

O que é que as pessoas que fingem que trabalham arranjam para fazer? Numa hora li o meu reader todo, não sei que raio vou fazer na net, a não ser ver roupa ou assim o que me vai deprimir porque não vou poder compra-la. A sério, o que fazem as pessoas que fingem que trabalham?

Copo meio cheio

Nesta semana tive sempre companhia para almoçar fora do trabalho. E nem precisei de gritar aos quatro ventos. Se gritasse teria o dobro (triplo). Friends... =) Sou abençoada. Sempre.

Mas vá lá eu sou dada à catastrófe

- Vou sentir-me uma inútil - Vou comer mais porcaria - Já disse que me vou sentir inútil? - Fico ansiosa e depressiva a pensar que não arranjo trabalho - Sem work, no money para as coisas que gosto de fazer - Inútil, sinto-me inútil. - Desde quando é que eu consigo estar assim sem deprimir? - E por fim, sinto-me inútil... e assustada.

Copo meio cheio

Portanto vamos tentar ser positivos.. -Tempo para ler tudo o que quero ler - Tempo para ver as minhas séries (tipo Hannibal) - Tempo para me encontrar - Tempo para cozinhar coisas boas - Tempo para ir ao ginásio todos os dias.. -...logo tempo para perder estes 6 kilos a mais - tempo para dar aos que gosto

Às vezes engana-se

Costumo dizer que que cada pessoa tem o seu diâmetro de tarte de merda. Ou seja cada pessoa só aguenta o que consegue aguentar e só suporta as situações que consegue suportar. Eu tenho um diâmetro de tarte de merda muito pequenino, mesmo. por isso já parava de chegar merdas que não consigo aguentar ok?

Handmade

Estou a ficar um bocadinho cansada de tanta coisa feita em casa que passa a negócio. Eu percebo que as pessoas tentem ganhar uns trocos, mas as pessoas abusam: - Vendem roupa que se compra no ebay ou no aliexpress, roupa chinesa de má qualidade, que vendem como "exclusivas" ou "inovadoras"  ou como de marca delas, ao triplo do preço do que se vê nesses sítios; e atenção eu já comprei nesses sites mas sabia ao que ia e comprava a preços honestos; - Idem para bijuterias que dizem ser "artesanato" - Artesanato de todos os géneros, desde malas, joiais, abetes; há coisas giras mas já cansa tanta coisa e tudo a tentar er original; - Todas ou quase com o conceito de "isto começou com uma festa de amigos e adoraram" ou "ofereci a amigos e pediraram-me para fazer mais " - maioria das vezes treta. É negócio, logo isto é marketing para parecer mais emocional e tal e coisa. - Começa com bolos (as tartes de lima, as tartes de amendoa, os

Alentejo

Foi o melhor fim de semana que tive em muitos meses. O Alentejo é fantástico e conhecer Vila Nova de Mil Fontes, Zambujeira do Mar e Almograve foi  uma experiência fantástica. A quem puder aconselho vivamente ficarem na Quinta do Chocalhinho : donos simpáticos, quartos super cómodos e pequenos almoços dos bons (bolos caseiros, compotas idem...) e uma vista linda com animais incluídos =) . Eu fui aproveitar a promoção 2 noites pelo preço de uma (do livro do Expresso Boa Cama Boa mesa) por isso ficou a um preço simpático, mas pelo que tivemos não é nada cara o preço normal. Eu habituava-me a essa vida =)

Primeiro livro da feira do livro 2013

=)

Há claramente

O momento em que sentes, com alívio sincero, que está a partir, a deixar de doer, que te entregas a outro com mais paixão, mais entrega, mais possibilidades, e ao mesmo tempo, com esse alívio, sentes uma urgência em deixar estar, só por mais um bocadinho, por mais um segundo esse sentimento tão precioso do qual já tens tanta saudade.

A minha terceira favorita

Gosto de ti. Estiveste sempre presente em momentos marcantes. Serias de certeza o meu amigo dos copos se nos conhecessemos. As tuas músicas falam comigo como nenhumas outras. Até versos de uma música tua (a minha segunda favorita) coloquei na minha tese. E tu estás lá, nas dedicatórias (a melhor parte da minha tese, juro). E agora finalmente vou ter-te na minha pele. Dois versos teus... Dois versos que demoraram a vencer a barreira do tempo e a tornaram-se maiores que a sua genése em mim. Mas fnalmente. Aceitei essa parte do passado e descobri-te, a ti, aos teus versos, com uma dimensão maior. Com aquele pedaçinho grande, vital, essencial de passado lá, mas com todo um lado novo, refrescante e construtivo. Para nunca esquecer. Para seguir em frente. Para ter sempre esperança, amor e alegria. Deixo-te por agora. Com a minha primeira favorita. Cujos versos amo, venero, e cantam uma historia tão forte e poderosa que nunca poderia tê-la em mim mais do que o que já está.

Tablets

Olha parece que vou ter um tablet a curto médio prazo. Aquela coisa que não é um bem essencial, nem uma necessidade na sua realidade, mas as circunstâncias ditam a sua aquisição (i.e.  ler e-readers, trabalho que precisa de ser feito em qualquer momento, e acesso  a net virtualmente em qualquer lugar). E cria-me uma ansiedade enorme ver as opções, pareço um burro a olhar para um palácio. Não quero pagar demais mas também não quero ter pior só para pagar menos. Aíiiiii

Granta Portugal

Depois de muito me angustiar "aí, que ainda é um valor grande e eu este ano ainda nem uma peça de roupa comprei para mim e bem que preciso" lá assinei a Granta por dois anos. E estou feliz.

Histórias de amor

São todas como no cinema na nossa cabeça, nos nossos ses, nos nossos sinais. Tenho a convicção absoluta que essas histórias que nunca foram e que ficam só nas nossas cabeças nunca seriam sequer uma sombra do que imaginámos.

Os amigos de sempre

Os amigos de sempre não precisam de ser amigos de anos e anos. Mas normalmente são. Os amigos de sempre não te acusam, não te culpam, não te repreendem por não falarem há dias, semanas, meses. Os amigos de sempre riem-se de ti e deles, das piadas, e as conversas fluem. Os amigos de sempre são generosos, disponíveis, brincalhões. Os amigos de sempre não precisam de provas, promessas, fidelidades ou compromissos. Sabem que isso está tudo lá. Os amigos de sempre por mais que mudem, não mudam. Os amigos de sempre vêm-se na cumplicidade.

Hoje

Estou meio preguiçosa e mole e estou naqueles dias em que me apetece comprars coisas. Apesar de ter que pagar irs, e ter algumas despesas este mês, acho que mereço mimos. Ainda não comprei roupa / sapatos nenhuns para mim este ano (o que não é nada comum) e hoje pronto, já comprei dois pares de sapatos (pelo clubefashion, por isso ficaram baratinhos) e ainda quero ir ver de um vestido. Faço anos para a semana mereço. =)

Desejos

Estive em Sintra no fim de semana e para além de ter visitado o castelo dos Mouros e o Palácio de Monserrate, e ter adorado cada momento especialmente nos jardins de Monserrate, fiquei com o deseje premente de ter uma tia rica, perdida algures, mas com um daqueles palacetes/casas/casinhas giros em Sintra e que do alto da sua sabedoria se lembrasse de me deixar herdeira dessa bela casinha. Não tendo essa tia na minha árvore geneológica, e se houver por aí uma senhora simpática que viva em Sintra e que não tenha a quem deixar o seu património (pode ser uma casinha pequena, juro que não sou esquisita, e nem quero dinheiro, dê para solidariedade) e me queira deixar a sua moradia, juro que cuidarei dela com muito carinho. =D

Defeitos

O meu grande grande problema é não ter muita capacidade para condensar e separar águas. Para canalizar frustrações. Para perceber realmente o que tenho de valor. E por viver sempre com a certeza das minhas verdades, mas também sabendo que as verdades dos outros não são menos certas. Se calhar é por isso que não grito tanto, que não mostro tanta convicção em determinadas merdas.  Especialmente quando não sei se são certas. E é nessas exactamente que me pedem que seja convicta. E é por aí que sou derrotada.

Amor

Percebo, como sempre percebi que as pessoas têm, por norma, reservas e problemas com a diversidade do amor. Com os vários tipos, tonalidades, nuances, fraquezas, forças. Os amores podem ser todos diferentes e especiais. Não tem a ver com intensidades, mais verdadeiros ou menos. Mas nem toda a paixão é amor. nem todo o gostar é amor. E isso não está, muitas vezes, relacionado com concretizações. Pode estar como pode não estar. E não podemos substimar o papel do tempo. O tempo desloca as verdades até passarem a ser apenas constatações. E isto umas vezes é duro. De outras vezes é só alívio. E de outras vezes não é nada. E há os sentimentos que passam a barreira do tempo. E são esses. Amores diferentes. Amores que ficam. Acredito sim em amor para sempre. Não precise de estar sempre vivo. Não precisa de ser correspondido. Não precisa de ser alimentado. E convive com outros amores. Não digo sem alteração, mas vive sem problema. É preciso é entender quem somos e o que sentimos. Renegar fant

OLX

Acho que as pessoas que colocam anúncios no OLX não devem querer realmente vender. No último mês fiquei interessada (para comprar efectivamente) em cerca de 4 livros e não tive uma única resposta. Hoje mandei mais dois barros à parede. Será?

Mood... com o Jeff

"We all fall in love sometimes Did we, didn't we, should we couldn't we..."

Coisas bonitas (ou também tenho vipes femininos e com orgulho)

Há uns tempos que não me apaixono assim perdidamente por roupa. E é raro comprar roupa a não ser que me apaixonei. Sendo assim, posso dizer que este ano apenas comprei uma t-shirt e nos saldos, não foi barata mas em relação ao preço que era foi um bom desconto (era 62, custou me 27). E agora vi estas botas. Lindas. Neon boots, espanholas, todas em pele, e que de certeza que vão ser tendência (não ligo a tendências mas já vi uma pessoa de indiscutível bom gosto com umas em laranja). Mas infelizmente ao meu bom gosto não se junta os euros necessários. E nunca dei 169 euros por calçado nenhum =/

Fardas e homens

Sou a pessoa mais desinteressante do mundo quando visto uma farda (que ainda por cima é feia). Juntar a isso o cabelo mal apanhado, a falta de maquilhagem, a carinha nada simétrica e os kilos a mais que se entranharam em mim e não saiem, acreditem que pareço tudo menos uma gaja gira e apelativa ao sexo oposto. Gostava então de tentar perceber porque os  senhores com quem me cruzo nas minhas dembulações de pré urgência hospitalares (normalmente pessoal também nestas andanças, desde agentes da ordem, a socorristas até enfermeiros), em horários pouco apropriados em que já bufo pelo número de horas que não vou dormir "mas porque raio me meti nisto, eu nem gosto de pessoas", sente que, trocando dois dedos de conversa, pensam que há logo espaço para amizades no facebook. Não tenho nenhum problema em aceitar amizade até porque as pessoas são simpáticas e eu sou pelo convívio entre pessoas que coexistem e vivem determinados contextos, que podem ser complicados e acredito na ent

Já não vou para nova...

1- Uma semana de caos profissional em que trabalhei bem mais de 18 horas por dia  (sem receber mais um céntimo) e em que fiz pelo menos uma directa dá uma ideia de como está o mundo profissional de hoje e dos beneficios, regalias (nem uma palmadinha nas costas) se recebe. E cito, porque acho interessante e pode aplicar-se sempre "Isto não é um clube de amigos." 2- Ora tão queimadinha da semana que eu estava e tive daqueles sonhos manhosos, que parecem reais e que te metem pessoas, discursos e contéudos que te fazem tremer, pesar o coração e pensar "mas que raio ando eu a fazer/pensar/ imaginar?" 3- Há muito tempo que não apanhava sequer uma semi bebedeira. Soube pela vida.

Entre o primeiro e o segundo...

As pessoas em geral têm uma falta de identidade tão grande que parece que precisam de apregoar todo o tipo de coisas, defendendo as suas damas como se alguém estivesse a atacar. Ou então estou enganada e a minha falta de necessidade de o fazer remete-me a mim para um falta de identidade inegável.

São ciclos, senhor, são ciclos..

Quem foi a alma caridosa que não me deixa ter um momento de sossego? Se não estou a morrer a nível emocional, sozinha, a chorar as pedras da calçada, a sofrer por não correspondência, por intensidades desperdiçadas, por amores perdidos, estou a ser consumida a nível profissional? Quem disse? Quem disse que tenho que me corroer, perder a auto-confiança, sentir-me permanentemente um erro de casting, deixar de perceber quem sou, o que faço, para que sirvo? E não me lixem que no meu caso a minha identidade passa muito por um sentido de utilidade que me ultrapassa. E a minha cabeça, o meu coração e a minha alma não aguentam isto. E já não sei se sirvo para algo, e se o meu lugar é aqui, é a fazer algo como isto mas noutro sítio, é a lavar escadas ou a salvar crianças em Africa. O que sobra quando já não sabes o que vales e para que serves?

Não parece mas é um post optimista

E no entanto, apesar das dúvidas, apesar das certezas, apesar dos meses que já passaram e que no seu conjunto já fazem mais de um ano, há sempre pedaços daquele mundo, que já não existe que reaparecem. Confundo-te nas caras de desconhecidos, levas-me até perto das coisas que amo, desapaixonadamente, trazes-me as coisas que amas, puramente porque as mostras a todos. Sim, eu sei que não há ventos a favor e tão pouco há ventos contrários. É assim que se marcam os momentos, as fases, que se vão demolindo ou desconstruíndo. É como uma casa deixada sozinha. Só quando alguém entra dentro dela percebe como está a morrer por dentro.

Não estou ácida hoje, mas estou doente, por isso posso

Começa a cansar-me (já me cansava) o santo consumismo de tudo e mais alguma coisa. E fotos de tudo o que compram, e de tudo o que querem e de tudo o que consomem (seja comida, literatura, música, roupa, produtos, objetos etc). Cansa-me essa necessidade de mostrar ao mundo que se tem mais coisas, que se come coisas mais deliciosas, que se compra roupa mais cool ou se tem o objeto mais vintage. A sério, privacidade e discrição são coisas assim tão complicadas? Ninguém as quer? É que somos sempre iguais, o maldito tuga, que agora não é mostrar que tem o Mercedes ao vizinho do lado, mas mostrar que tem mais tralha, mais gadgets, mais culturalidade, que é mais boémio, mais tudo. Seca.

Estou um bocado ácida hoje IV

4 - O bom gosto como em tudo, discute-se. E do mesmo modo que há pessoas que se vestem bem e outras que se vestem mal também há bons livros e maus livros. E juro que já estou enjoada desta febre dos livros sadomaso mal escritos, sobre obcessões, homens com muitos problemas e mulheres com muitos mais. E agora vamos levar uma catrefada disto enquanto a porcaria dos livros das sombras cinzentas continuarem a ser berst-sellers. Já comentei que sinto vergolha alheia dos top 10 de livros deste país. Já?

Estou um bocado ácida hoje III

3 - A próxima pessoa querida, linda, ingénua, que me vier dizer que o amor é o mais importante e que vence todas as barreiras leva com um pau. Ele só vence o que consegue vencer. Que é pouco. E isso torna-o tão fraco. Tão moldável. Tão traiçoeiro. Porque depende de timings, de momentos, de esforço. E muita pouca gente está disposta ao esforço. E muito pouca gente está disposta a deixar de ser infeliz. Porque se acomodam. E porque muitas vezes é díficil de perceber a própria infelicidade. Por isso não me lixem as pessoas que acreditam no amor acima de tudo. Ele é raro. E por isso tão valioso.

Estou um bocado ácida hoje II

2 - O mérito das competências morreu. Já achava mas agora acho mais. O que interessa é gritar mais alto, ou ser mais matreiro, ou conseguir parecer mais certo que o próximo. E parecer mais do que ser. E, claro, passar por cima, pisar, criar intrigas. E eu ainda estou a perceber como raio me vou safar aqui assim.

Estou um bocado ácida hoje

1 - Os funcionários da cp que vão todos para a p*** que os pariu. Só querem manutenção de regalias (muitas que sempre achei rídiculas) e aumentos enqaunto o resto do país está como está. AUMENTOS. e EXIGEM-NO. Como se fossem autistas a tudo a volta. Tendo em conta que já têm ordenados muito interessantes para a formação que têm. E dizem que os reformadoas precisam do passe pago para ir às consultas e para ir às manifestações? Oi??? Façam como os outros todos que os pagam e não tem as reformas que vocês têm. Agora prejudicarem todo um país de trabalhadores que não ganham o que vocês ganham, que não tem um passo pago é imoral além de profundamente egoísta. Por estes dois/ três dias de greve uma pessoa ou fica impedida de ir trabalhar ou gasta em carro (se o tem) um balurdio que não se pode dar ao luxo (gasolina, portagem e estacionamento). por isos não tenho pena. nenhuma. Zero. A vossa liberdade acaba quando começa a liberdade dos outros.           Mas para não dizerem que sou contra

Ainda não

Passa um vento quente, uma subtil aragem que me faz recordar que de todos os momentos especiais que vivo e que vivi, só contigo havia sempre música a tocar, mesmo quando não estava. E por isso, por mais que o tempo passe, por mais que nunca me tenhas esquecido por não haver nada para esquecer ( nunca estive ai verdadeiramente, eu sei, dolorosamente, sei), por mais que eu saiba que não me pertences, que não me pertenceste, que o meu voo é outro, que sou / estou e vou ser feliz, há mágoas doces que ficam e sei que ainda hoje não terei coragem para olhar os teus olhos onde só vejo um vazio seco onde se reflete sem piedade o grande significado que ainda há nos meus.

Crise

Estou a ter uma crise de vocação como nunca tive na vida. Não quero sentir esta insatisfação, esta insegurança, esta falta de ar a cada momento. Acho que vou ter que hibernar para balanço.

Explicando =)

Depois de comentar o blog da Isa decidi colocar aqui os atores que eu acho mais interessantes, hormonalmene falando =) Este seria para umas noites interessantes. Acho-o muito giro mas eu desconfiava que tem ali uma vertente menos bonitinha. Demasiado ken e inchado, mas acho-lhe graça pronto. Umas noites de sextas para segunda portanto. Pouco trolhinha, mas com este ar uma pessoa desculpa.  Este para um namoro digno. Giro, mas já um bocadinho giro a mais, sorriso fantástico, falta-me saber se é mesmo interessante para uma conversa, mas com este ar uma pessoa perdoa isso, por isso não é para a vida, mas quase. Trolhinha q.b. Este para casar. (Tem todo, fofinho, gosta de motas, sentido de humor, escreve, é casado e pai de filhas logo compostinho, bom ator, filmes bons, olhos verdes fantástico, sorriso de perdição, não demasiado giro e carismas, para mim está tudo lá.). E tem todo o ar de ser trolhinha (termo da L., e que realmente é mesmo isso que eu gosto).

Love

Tinha qualquer coisa para escrever sobre as caras e como elas mostram tão bem o que mudamos depois do amor. Depois das primeiras mágoas e dos primeiros desencantamentos. Mas também quero falar sobre as caras das pessoas quando ficam sonhadoras. =) Sim, é tão melhor não é?

É isto pois.

A ti, que nunca me atrevi a chamar de meu amor, a não ser em sonhos, em quimeras, no papel da minha escrita escondida, vejo que ainda me fazes ter os olhos húmidos. A ti, sinto que ainda não te esqueci na totalidade, que ainda há uma sombra no meu peito e uma dor algures. A ti, que não vejo, que não ouço, que não procuro nem encontro, se nos acasos da atualidade me surges, sinto que estás aí. E não estás. A ti, de vez em quando, percorro-te, e um calafrio também, em mim.

Foi isto. E está tudo bem.

Sentir

Às vezes por momentos e conscientemente volto atrás no tempo. Espero que o corpo se habitue à viagem e volto a sentir. Volto a ter 23 e volto aquela dor. Para que não me esqueça. Para que aquele susto, aquela falta de ar nunca saía de mim. Para que não perca a noção dos momentos. Para que nunca saiba de novo o que é sentir aquilo verdadeiramente. Para que retenha e consiga ser câlida, caridosa, generosa, empática  presente. Para, por momentos, parar de me sentir viva, para morrer, por sofrer de novo, para nunca mais sofrer assim de novo, e voltar a ver e a sentir que sim, renascemos. Que sim, é possivel sofrer demasiado, e voltar a sentir. Se calhar não demasiado, mas a sentir. E agradecer a todos ou a ninguém por isso. E perceber que ninguém, nunca, devia ser obrigado a sofrer assim, porque nunca se pensou que fosse humanamente possível viver depois disso, mas que ao mesmo tempo, toda a gente devia passar por isso, porque nunca ninguém vive e sente verdadeiramente se não teve e sentiu

Eu aleatoriamente

Por exercicio mental, por encorajamento, porque me apetece, cá vai 7 fatos aleatórios sobre mim (ok, não tão aleatórios mas ok) - Das coisas que mais adoro no mundo é ilustração, tanto que até me esqueço, mas inconscientemente procuro-a em todo o lado. Por estranho que pareça não tenho nenhum livro de ilustração. Mas o meu mais recente desejo é este:  http://www.conradroset.com/portfolio/49/ensuenos. - Sou muito resistente à mudança, tenho medo que as coisas corram mal, que fique diferente, acho mesmo que sou meio cobarde; ironicamente sou também a pessoa que conheço mais adaptável quando chego a algum lado e consigo sempre encontrar coisas boas (o pior é o antes) - Tatuagens vicia mesmo e se não fosse por motivos puramente racionais fazia muitas mais; mas como não me quero arrepender pondero muito; a próxima sei o que será, não sei é quando nem onde. A que tenho agora preenche-me de um modo que nenhuma outra conseguirá. - Uma das minhas maiores limitações são as consequências

Ego em fragalhos mas com o mau feitio sempre duro de roer

Adoro as pessoas que acham que só elas é que são os dinossauros da blogosfera ou que isso lhes confere algum estatuto. Que me lembro ando nisto há 12/13 anos (sim tive outros blogs, sim nunca foram conhecidos, sim, quero lá saber), era uma adolescente borbulhenta, de óculos, aparelho e com a ideia que o mundo era cruel para mim e já andava cá a dar um ar da minha graça. Eu não mudei muito, os óculos passaram a lentes, os dentes estão ligeiramente melhores mas a pele de merda e a ideia que o mundo é mesmo cruel, apesar não só para mim, continuam por aqui. E infelizmente gente parva, saloia e arrogante também não se foram embora nos entretantos.

Meninos

Acho uma certa graça ao pessoal que acha que este um temporal imenso e que ouvia "um barulho horrivel em casa". Experimentem ir acampar (não havia hipotese de trocar; era fim de semana de campo dos recrutas da CVP da nossa Unidade)  para uma zona com alerta vermelho. Árvores arrancadas a 50  metros do local do acampamento é que é. E a manhã de sábado à chuva a tentar que as tendas não voassem. Nota: Nunca ninguém esteve em perigo.  Muitos profissionais no terreno habituados a este tipo de condições e obviamente as condições de segurança estavam asseguradas (ninguém dormiu nas tendas de campanha por exemplo). Agora a trabalhar com duas de sono (que os Prontos ficam mais podres que os recrutas).

Eu

Às vezes acho que mudei muito. Estou mais velha. Cínica , que não era. Menos ingenua. Mais tolerante. Com menos certezas. Que os meus valores mudaram. Que realmente deixei partir coisas de que gostava em mim e que não voltam. Que me tornei mais interesseira, mais egoísta, menos dada, menos generosa, menos altruísta, mais hipócrita. E isso mata-me. Perde-me. Choro por dentro (por fora é um bocado por fases). Mas depois lembro-me dos confrontos que enfrentei e que nunca pensei que conseguisse. Dos momentos díficeis. Dos momentos bons que valorizo. Das imagens que vejo e em que me reconheço. E percebo. Independentemente de tudo, dos desgostos, do desencantamento, sobretudo do desencantamento, eu sou eu. (É, eu sou essa da imagem, mas menos gira e com cabelo feio e sem a tatuagem ali mas noutro sítio. mas sou eu.)