Há momentos, em que, independentemente das certezas, dos sentimentos, da força do caminho que se seguiu, indiferente e gélido face ao que teve que ser abandonado, chega a ti uma ânsia , uma fraqueza (que no fundo é força) de estender uma mão, de sorrir, de fingir que o tempo não passou. Que não foste voluntariamente abandonada, que não foste decidida e forte. Que não tomaste decisões corajosas. Finges que está tudo igual. Que aqueles olhos de encontro aos teus nunca tiveram um intervalo (de anos) em que não se olharam. Que sorris, que ele sorri contigo e que isso basta.
Se pesquisarem a palavra "consolo" no google imagens a pensar que vão encontrar coisas amorosas como "pessoas encostadas ao ombro umas das outras" e "pessoas simpáticas a apoiarem-se umas às outras" pensem novamente. Até fere a vista...
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