E é como diz a canção. E tu sentes e suportas e seguras as lágrimas, mesmo à beirinha. E esses dias aparecem sempre. Parece que se foram, e não, foram só dar uma volta ao quarteirão e apanham-te na curva. E é como uma faca nas costas, directa no coração. A saudade continua aí. Toda. E de vez em quando sai. Um vómito que não consigo controlar. Jorra toda a angústia que não consigo segurar. Que apenas controlo no grito e no gemido que contenho. Porque parece que exagero. Porque tudo passa. Mas o meu coração ferido, a minha pele, os meus olhos quando se lembram dos teus esquecem-se disso. Esquecem-se da história que não foi escrita assim e daquilo que não posso ter. Apenas sentem com todas as forças, tanto que todas as amarras com que me amordaçei e me prendi, me queimam a pele, me ferem, tal é a urgência do meu corpo de fugir até onde não pode ir. Até ti.
Se pesquisarem a palavra "consolo" no google imagens a pensar que vão encontrar coisas amorosas como "pessoas encostadas ao ombro umas das outras" e "pessoas simpáticas a apoiarem-se umas às outras" pensem novamente. Até fere a vista...
Comentários
Passar acho que não. Fica ali arrumadinho.