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Pois é...

Eu não sei do resto do mundo, mas há um pedacinho de mim que se surpreende com o choque de uma nova felicidade.

Porque para ela entrar há um mundo de bagagem de que tenho que me despedir. De deixar lá atrás. De perceber que não volta.

E eu acredito que para muita gente este é um processo fácil, bora lá mandar-nos de cabeça que o mundo é para a frente e o que que fica atrás não me faz feliz agora, e e não quis, quisesse, ou azarinho.

Mas comigo não é so deixar os outros, as memórias, as coisas boas, os sentimentos intensos. É deixar partes de mim, vínculos, relações. E eu odeio despedidas e partidas. Porque por mais que tragam começos, e muitos deles bons, não me comem por parva e eu sei bem o preço das coisas boas. Muitas vezes o preço das coisas boas é ter deixado muitas fantásticas para trás. Muitas partes de mim fantásticas também.

E ainda não cheguei à fase da vida em que acho que há um equilibrio ou que isso é justificado.

Ou que ache que valha a pena perder pessoas fantásticas para conseguir outras igualmente fantásticas.


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Regras das pulseiras, velas e estrelas

Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral