Avançar para o conteúdo principal

Intermitências

Há quem nasça a ser esperto, a perceber as voltas que há-de dar para se safar. Aqueles que mormente ou não lá se safam. Com planos definidos ou não. Talvez haja consciência disso ou não. "O mundo é dos espertos", já me disseram tantas vezes. Mas eu não sou "esperta". Continua a chocar-me, hoje, como há 10 anos a injustiça, a falsidade, a mesquinhez. Simplesmente agora já não choro, já não sofro horrores com a "maldade" humana. Aprendi a entender que faz parte da humanidade, essas coisinhas, essas fraquezas. Aprende até a compreender, a não dar tanto valor. A ver os cinzentos. Mas choca-me. No fundo de mim ainda há uma criança que arregala os olhos porque não é suposto o Pai Natal arrebentar o balão. Por isso, eu percebo tudo tudo tudo. Não me peçam é para fazer parte disso.



"Assim não ficas cá muito tempo". Eu fico, os melhores é que, infelizmente, vão à frente. Os espertos safam-se, os bons morrem primeiro.... Eu faço parte de uma espécie menor ali no meio que nem se safa nem morre, aguenta-se portanto.

"Não penses que mudas o mundo". Alguma vez... o mundo é que tá lixado porque não me muda a mim.

Eu adoro ser eu, mas às vezes canso-me a mim própria.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s