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A conversa do coitadinho*

O que me irrita nem é a falta de empatia, a falta de mundo (no sentido de juizo crítico acerca dos outros), nem sequer é a vitimização irritante, nem o andarem a dizer que ganham muito mal , ou como trabalham muitas horas, ou como tiveram anos e anos de estudo, ou como pagaram muitas próprinas, ou porque têm muitas despesas, ou como é complexo o trabalho deles.

O que me irrita mesmo, mesmo, é não terem a coluna dorsal de perceberem que pelo menos 70% dos outros cursos, teve as mesmas propinas, a mesma carga de trabalho, as pessoas tiveram as mesmas dificuldades, e as pessoas com esse cursos (com mesmo ou maior grau de dificuldade) tem salários irrisórios, trabalham as mesmas horas ou mais e não as recebem, não tem espaço nem oportunidade para ter mil empregos ao mesmo tempo, nem a mesma oportunidade de progressão de carreira, e nem vou falar do prestígio inerente...

Irritam-me acharem que determinada profissão é tão mais especial que as outras. Só que não.


*sim, falo especialmente das vitimizações das  classes de médicos, enfermeiros e farmacêuticos... já não tenho pachorra para os testemunhos no facebook. Curioso só ver estás vitimizações de classes privilegiadas e com taxas de desemprego muito próximas dos 0%? 



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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s