Não me conheces liberta nem emocional. Nunca te amei enfurecida, brutal, sentimentos à vista, pele nua e tua. Do que tiveste, contido, focado, medroso e pueril, podes guardar a doçura, o momento, a fragilidade, Mas nunca me tiveste toda. Nunca me dei a ti. Nunca deixei e nunca o permiti. Resguardei-me, escondi-me na sombra. O que deixei... esse rasgo foi tão pouco e fugidio. Os beijos que te dei, parcos, mansos, macios são um espectro baço do que contive, do que rugia em mim, do que camuflei com medo de me dar. De mim, nunca tiveste mais do que um beijo casto.
Evolução. Alegria e optimismo. Linhas sem fim a ligar extremidades dos futuros. Labirinto. Nascimento e morte. Lua. Amor. Yin Yang. Lágrimas. Vida. Búzios. A viagem da alma. Da minha. Descrições de uma Espiral à procura de si própria e dos outros. Porque a mente e o coração confundem-se num corpo onde transborda sentimento.