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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2017

Do verdadeiro vs inspiracional

- Nunca fui de tribos, ou de querer pertencer a uma ou outra corrente. Até o contrário, "ofende" o meu eu individual pensar que só ganho forma por pertencer a determinada tribo, grupo. Eu sou muitas coisas e por isso não posso  nem quero ser caracterizada, estereotipada por fazer isto ou aquilo ou ser deste grupo ou daquele. Mas percebo que para muitas pessoas, a maioria, o sentido de pertença e a criação de laços necessita deste tipo de bandeiras. Percebo porque faz todo o sentido. Digamos que sou uma anormalidade estatística nesse caso. E apesar de às vezes também necessitar dessa ideia de grupo (sou humana e a ideia de grupo é muito forte) noto que só preciso muito de vez em quando. E não tem nada a ver com ser solitária. Sou bicho do mato e gosto de fazer coisas só comigo, mas adoro as minhas pessoas. Só não preciso de grupos para ser feliz. - É curioso como é fácil criar cenários perfeitos das nossas vidas pela internet. É muito fácil. É só escolher bem as palavras e o

Definição de generosidade

Na sexta passada depois de ter ido a uma conferência de um projeto onde tive uma pequena participação apeteceu-me mesmo muito um café, até porque ainda não tinha bebido. Mesmo ao pé do metro que ia apanhar estava um quiosque de café, simples e humilde, sem publicidades. Um sítio normal, onde quem bebia café ou cerveja seriam os trabalhadores  das zonas à volta. Sem muita clientela portanto. Num sítio não in de Lisboa (e ironicamente a tão escassos metros de sítios tão trendy) Um sítio sem história, sem modernidade, sem ser tendência, que deve estar ali aberto há anos e anos, com a mesma clientela e um ou outro de passagem que vai para o metro.  Assinalo este facto, de ser de aspecto normal/humilde porque realmente é muitas vezes contrastante com todo o brilho de cafés e sítios mais trendy e onde dúvido que acontecesse a cena que vi. Pedi um café ao senhor do quiosque e havia mais duas ou três a beber café e a comer qualquer coisa. Chega um senhor que trabalha para a Cais (estava co

Mais um ser vivo nesta casa =)

Desde que moro nesta casa em Lisboa (há um ano e 5 meses) queria ter uma planta. Sempre vivi em casas com plantas e acho que dão logo outra alegria e um ar mais bonito à casa. Não posso ter muitos pois a casa é pequena, mas queria uma para a sala de estar, e a seu tempo uma para o hall de entrada (provavemente aqui optarei por flores secas, o meu gajo é alérgico a poléns). Como não era uma prioridade fui deixando passar até que há 3 semanas fomos à procura da nossa planta. Decidimos ir ao Orto do Campo Grande pela variedade. Sempre gostei de plantas com folhas grandes por isso as minhas preferências iriam para a costela de adão ou a patas de cavalo - peço desculpa, mas sou do campo, não sei termos técnicos e não ia googlar só para parecer bem - mas no espaço onde a queria colocar aqui em casa, iria sufocar rapidamente, pois não teria o espaço conveniente para crescer. Assim escolhi esta, com um crescimento mais vertical e que também tem uma folha bonita =) Estou muito orgulhosa, a

Sobre desporto e sobre o gostar de suar

Sou a única mulher que usa os mesmos ténis para o ginásio (para corrida ao ar livre uso outros) há mais de 5 anos não sou? Sou a única mulher que pega nas t-shirts largas que oferecem nos trails e caminhadas e vai assim para o ginásio não sou? Sou a única mulher que não usa tudo a condizer, justinho e super mega fashion não sou? Fixe, gosto de mim diferente. p.s. Gosto de desporto pelo que me faz, por suar a pontes, por sentir o corpo mais resistente e tonificado (infelizmente, pelo menos para já, não mais magro) e não, não me motiva conjuntos (outfits né?)fashions de desporto.

Sobre o dia da mulher - Notas

1. Sou feminista. Acho que sempre fui, apesar de há uns anos não me assumir dessa maneira por achar um rótulo demasiado forte e demasiado ligado a uma ideia agressiva, autoritária e "morte-aos-homens" que não tem nada a ver comigo. Mas agora, mais velha, com mais conhecimento e com mais noção do panorama do mundo, afirmo-o sem medos. Sem bandeiras e gritos altos, mas sem medos. Porque ainda há muitas injustiças e desigualdades. Porque em cada momento em que tenho que pensar se vou por uma determinada rua, no comprimento da saia, no comentário engraçado-machista de um colega, no paternalismo, no interromperem-me, no ganhar menos em funções iguais e na sempre malfadada falta de equiparação nas tarefas domésticas, vejo que ainda não está tudo bem. 2. Mas. não nego, e vejo todos os dias, que muitas vezes, infelizmente, e sem terem muitas vezes consciência disso, são as próprias mulheres que, de algum modo, perpetuam mitos e ideias que não nos ajudam. Porque queremos tanto ter a