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Xavier III

 Reforças todos os dias o que já sabia. O amor não tem regras, não tem medida e não tem controlo.
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TAKE VII

 Engulo em seco ao ver-te. Estás mais velha e nota-se. Emagreceste. Cortaste o cabelo. Tens rugas na cara. Digo as banalidades típicas de um encontro casual. Tu sorris. E dizes uma piada qualquer das tuas a tentar descontrair o momento. Continuas a ser tu. Tão direta que nem te apercebes como isso é sedutor. Achas que isso é uma fraqueza. E eu, sinto-me a desmontar.

IMORTALIDADE

 Eu ria-me, sem maldade, mas incrédula. Era tão ingénua, ignorante. Ria-me dos que sofrem através dos tempos e dos espaços. Zombava dos que nas sombras tremem e anseiam, dos que se preocupam, mesmo sem papel, sem drama, sem protagonismo. Há um lado meu que ainda ruge ao ouvir o teu nome, que se sobressalta ao pressentir as tuas angústias, que te quer dar colo na possibilidade de estares triste, zangado ou só.   Por outro lado, sinto o ferro do fracasso e o peso húmido da banalidade nos olhos.  A humilhação do desperdício congelado. Ali, nu, para quem quiser ver. Sinto os meus risos nos ouvidos uma e outra vez. Mesmo que grite, num murmúrio, saber de que nada tenho de me envergonhar. Inspiração: "Tu foste o meu erro mais bonito"

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s

Aqui volto, aqui estou

 - Com um bebé de 9 meses que é uma energia positiva na minha vida e que já me ensina tanto - Com o doutoramento parado - Com a coragem para me despedir e iniciar outro projeto (mais incerto, mais duro, mais interessante, mais desafiante) - A tentar segurar muitas bolas... como mãe, mulher, amiga, filha, companheira, trabalhadora . - A equilibrar full time job com vários(!) part-times porque , como toda a gente sabe, isto não está fácil para quase ninguém - A tentar perceber mesmo como será que as mães solteiras conseguem, a admira-las muito, e a agradecer não estar nessa situação - A tentar segurar alguns cacos do coração,: há dois anos o meu pai, agora, a minha heroína, a minha avó.  - A agradecer a sorte, o timing ou o quer que chamem a isto de  ter encontrado e estar com alguém, que independente dos momentos maus, desafiantes,  seguimos fortes. Amo-te.  És um companheiro e pai incrível.  - A pensar também "fodasse, do que me livrei". O mundo gira :)

Pensamentos da gravidez

1- Curiosamente a altura em que me senti mais vulnerável, a precisa mais de me sentar, a sentir que precisava de passar a frente de filas e que não conseguia fazer esforços, foi quando a barriga mal se notava. Agora de 6 meses, apesar de não poder correr, sinto-me lindamente e nada pesada.  2- Aquela parte de passar de dormir 6 horas para 10 nos primeiros meses é só assim horrorosa. 3- Como assim enjoar (de dar vómitos mesmo) do cheiro a café, que é só um dos cheiros que mais adoro no mundo? 4- Isto é tudo muito lindo, mas morro todos os dias por comer sushi. Mal parir quero, ainda na sala de partos 40 peças no mínimo por favor.  5-"Tens de abrandar" AH AH AH.  6- Não tinha preferência nem curiosidade em saber o sexo da criança.  7- Agora sei e estou esmagada pela responsabilidade de vir a criar um ser humano. Que quero  acima de tudo que seja íntegro e honesto, essas qualidades tão antiquadas e tão mal vistas hoje em dia.  8- Estou a adorar o corpo de grávida. Adoro a barrig

Impressionante

 O que basta, apenas uma semente, apenas uma gota, apenas uma ligeira mudança, para todas as prioridades mudarem, e todos os sentimentos se condensarem em si próprios e nortearem-se em direções muito especificas e vincadas.  O vento não é todo o meu resguardo, afinal.  E o destino da flor pode ser desabrochar. 

Take VI

 Não sei quem és tu, mulher, Com esses olhos que me fixam Com essa gargalhada pronta Com sentido de humor cortante e negro Mas que esconde o seu sorriso timidamente nas páginas de um livro   Não sei quem és tu, mulher Que salta sem hesitar um precipício Que faz tudo, tudo por lealdade a um amigo Que tropeça, cai, cara suada, corpo ensanguentado.  Não sei quem és tu mulher,  Corpo ondulante, mas trapaceiro Nervos na ponta da pele mas não nos atos, Comportamento imprevisto quando espero padrão. Não sei quem és tu mulher, Não sei se te quero, Mas não te quero deixar ir.