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Do verdadeiro vs inspiracional

- Nunca fui de tribos, ou de querer pertencer a uma ou outra corrente. Até o contrário, "ofende" o meu eu individual pensar que só ganho forma por pertencer a determinada tribo, grupo. Eu sou muitas coisas e por isso não posso  nem quero ser caracterizada, estereotipada por fazer isto ou aquilo ou ser deste grupo ou daquele. Mas percebo que para muitas pessoas, a maioria, o sentido de pertença e a criação de laços necessita deste tipo de bandeiras. Percebo porque faz todo o sentido. Digamos que sou uma anormalidade estatística nesse caso. E apesar de às vezes também necessitar dessa ideia de grupo (sou humana e a ideia de grupo é muito forte) noto que só preciso muito de vez em quando. E não tem nada a ver com ser solitária. Sou bicho do mato e gosto de fazer coisas só comigo, mas adoro as minhas pessoas. Só não preciso de grupos para ser feliz.

- É curioso como é fácil criar cenários perfeitos das nossas vidas pela internet. É muito fácil. É só escolher bem as palavras e o normal passa a aspiracional, idílico ou zen. Acho interessante a imagem que as pessoas querem projetar. percebo, não critico mas nada do que sou passa por aí. Cada vez mais, o que leio, o que sou e o que incorporo afasta-se  dessa ideia. 

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Regras das pulseiras, velas e estrelas

Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral

Mau feitio pois

Irrita-me psicólogos com "voz de psicólogo". Irrita-me a entoação "somos-todos-humanos-e-com-fraquezas-e-forças-e-vamos-lá-dar-as-mãos". Por isso irrita-me ouvir o Eduardo de Sá e o outro parvo que agora não me lembro o nome, há espera, é o Júlio Machado Vaz, mas que para justificar cada palermice que diz na rádio manda a boca do "isto não sou eu que digo, é tudo científico", quando tudo o que ele diz não tem ponta de racionalidade nenhum quanto mais de ciência. E lamento se tem um currículo fantástico, e se calhar até são bons no seu dia-a-dia. Mas deviam ter mais cuidado com o que dizem na rádio. Não falam para especialistas. Espiral