Na sexta passada depois de ter ido a uma conferência de um projeto onde tive uma pequena participação apeteceu-me mesmo muito um café, até porque ainda não tinha bebido.
Mesmo ao pé do metro que ia apanhar estava um quiosque de café, simples e humilde, sem publicidades. Um sítio normal, onde quem bebia café ou cerveja seriam os trabalhadores das zonas à volta. Sem muita clientela portanto. Num sítio não in de Lisboa (e ironicamente a tão escassos metros de sítios tão trendy) Um sítio sem história, sem modernidade, sem ser tendência, que deve estar ali aberto há anos e anos, com a mesma clientela e um ou outro de passagem que vai para o metro. Assinalo este facto, de ser de aspecto normal/humilde porque realmente é muitas vezes contrastante com todo o brilho de cafés e sítios mais trendy e onde dúvido que acontecesse a cena que vi.
Pedi um café ao senhor do quiosque e havia mais duas ou três a beber café e a comer qualquer coisa. Chega um senhor que trabalha para a Cais (estava com o colete amarelo vestido) e pediu uma mini. O senhor do quiosque continua a servir o que estava a fazer como se nada fosse e coloca a frente do senhor da Cais uma chamuça e continua a fazer o que estava a fazer. Foi algo tão natural que eu até pensei "será que percebeu mal, o senhor queria uma cerveja e não uma chamuça", enquanto o senhor da Cais olha e volta a olhar. Nesse momento no meio do servir cafés o senhor do quiosque coloca-lhe à frente a cerveja. E só só percebi. E bateu-me. Porque são estes gestos, estes grandes grandes gestos que me mostram que a humanidade é fixe. E juro que me apetecia dar beijinhos ao senhor do quiosque. E passar lá mais vezes a beber café. Só porque naquele bocadinho fez-me acreditar um bocadinho mais neste mundo.
Por isso escrevo aqui. Para me relembrar. Para quando a minha memória se esquece.
Mesmo ao pé do metro que ia apanhar estava um quiosque de café, simples e humilde, sem publicidades. Um sítio normal, onde quem bebia café ou cerveja seriam os trabalhadores das zonas à volta. Sem muita clientela portanto. Num sítio não in de Lisboa (e ironicamente a tão escassos metros de sítios tão trendy) Um sítio sem história, sem modernidade, sem ser tendência, que deve estar ali aberto há anos e anos, com a mesma clientela e um ou outro de passagem que vai para o metro. Assinalo este facto, de ser de aspecto normal/humilde porque realmente é muitas vezes contrastante com todo o brilho de cafés e sítios mais trendy e onde dúvido que acontecesse a cena que vi.
Pedi um café ao senhor do quiosque e havia mais duas ou três a beber café e a comer qualquer coisa. Chega um senhor que trabalha para a Cais (estava com o colete amarelo vestido) e pediu uma mini. O senhor do quiosque continua a servir o que estava a fazer como se nada fosse e coloca a frente do senhor da Cais uma chamuça e continua a fazer o que estava a fazer. Foi algo tão natural que eu até pensei "será que percebeu mal, o senhor queria uma cerveja e não uma chamuça", enquanto o senhor da Cais olha e volta a olhar. Nesse momento no meio do servir cafés o senhor do quiosque coloca-lhe à frente a cerveja. E só só percebi. E bateu-me. Porque são estes gestos, estes grandes grandes gestos que me mostram que a humanidade é fixe. E juro que me apetecia dar beijinhos ao senhor do quiosque. E passar lá mais vezes a beber café. Só porque naquele bocadinho fez-me acreditar um bocadinho mais neste mundo.
Por isso escrevo aqui. Para me relembrar. Para quando a minha memória se esquece.
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