E é como diz a canção. E tu sentes e suportas e seguras as lágrimas, mesmo à beirinha. E esses dias aparecem sempre. Parece que se foram, e não, foram só dar uma volta ao quarteirão e apanham-te na curva. E é como uma faca nas costas, directa no coração. A saudade continua aí. Toda. E de vez em quando sai. Um vómito que não consigo controlar. Jorra toda a angústia que não consigo segurar. Que apenas controlo no grito e no gemido que contenho. Porque parece que exagero. Porque tudo passa. Mas o meu coração ferido, a minha pele, os meus olhos quando se lembram dos teus esquecem-se disso. Esquecem-se da história que não foi escrita assim e daquilo que não posso ter. Apenas sentem com todas as forças, tanto que todas as amarras com que me amordaçei e me prendi, me queimam a pele, me ferem, tal é a urgência do meu corpo de fugir até onde não pode ir. Até ti.
Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral
Comentários
Passar acho que não. Fica ali arrumadinho.