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Não existe isso de maus timings II

Gostava mesmo de não me deixar arrastar para memórias e sentidos. Gostava de ser tão profundamente prática e terrena como se, o que vivi, está vivido, e o que não vivi, temos pena, vivesse. Preferia não ter este lado emotivo e sonhador. Este lado de escritor. Este lado que desenrola outras páginas, outras histórias, outras vidas. Este lado doce que aparece, mesmo quando eu acho que ficou estilhaçado algures lá atrás. Mesmo que enfrente uma colisão ele continua aqui. Talvez porque é ele que me permite viver e acreditar em amores desalinhados e em amores cruzados. Em amores diferentes. Talvez esse lado meu é o que eu tenha que suportar para ser feliz a sentir como sinto. Mas é tão difícil às vezes estar tão consciente dos "ses" e dos "no entanto".
Mesmo quando vês que nenhum olhar, nenhuma recordação recente, nenhum sinal é para ti.




Ao som de: Lonely Day, System of a Down

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Regras das pulseiras, velas e estrelas

Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral

Mau feitio pois

Irrita-me psicólogos com "voz de psicólogo". Irrita-me a entoação "somos-todos-humanos-e-com-fraquezas-e-forças-e-vamos-lá-dar-as-mãos". Por isso irrita-me ouvir o Eduardo de Sá e o outro parvo que agora não me lembro o nome, há espera, é o Júlio Machado Vaz, mas que para justificar cada palermice que diz na rádio manda a boca do "isto não sou eu que digo, é tudo científico", quando tudo o que ele diz não tem ponta de racionalidade nenhum quanto mais de ciência. E lamento se tem um currículo fantástico, e se calhar até são bons no seu dia-a-dia. Mas deviam ter mais cuidado com o que dizem na rádio. Não falam para especialistas. Espiral