Espiral

Uma das minhas cantoras favoritas quando era uma adolescente deprimida (saudável, portanto) interpretou uma canção bonita... De vez em quando, só de vez em quando, deixo de lado as músicas de desamor, as depressivas e tristes, cínicas e desencantadas e encanto-me por estas :)

De algo que esteve sempre à minha beira desde que nasci. Literalmente.

Mas sempre me emocionou o romance entre Charles e Camila. Para mim é a prova contemporânea da essência do verdadeiro amor. Persistente, incorrigível, eterno.

Ela vai lançar um album para o ano :) Enquanto não chega tomem lá :)

Adorava saber se o impacto do terramoto que me convulsiona e me apanha desprevenida, chega sequer a uns quilómetros de ti.

Aceitar que as tenho. Que as caixas tão arrumadinhas às vezes sacodem, por terramoto interno ou externo. Aceitar que faz parte de mim. Aceitar os sonhos marados, as coincidências curiosas, as saliências perceptivas e Deus, a rir dos meus planos. Aceitar e apaixonar-me. Apaixonar-me sem reservas, mas com todas as memórias intactas. Deslumbrar-me com a felicidade que sinto, sem medo das fantasias. Aprender a viver neste descontrolo sem me julgar louca, emocionalmente desligada ou desequilibrada. Aceitar tudo isso. Aceitar que já amei ingenuamente e totalmente e que caí num poço de onde julguei que nunca me ia erguer. E ergui-me. Aceitar que já lutei sem reservas e que achava que já não tinha energias. E tinha. Aceitar que já me apaixonei como contam os livros e cantam as canções e não fui correspondida. E que isso não me derrotou. E  que voltei a amar de novo. Aceitar que amo quem me ama. Não apesar, mas com as rotinas, e os temperamentos diferentes, as lutas, os desafios, mas ...

"É mais fácil de perceber o que vale a pena amar durante a noite." Os belos dias de Aranjuez, Peter Handke

" - Ele já entregou o seu coração a outra, tia. - Andas a ler muitos romances. Os homens não entregam os seus corações, eles mal o emprestam."