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Das bagagens emocionais

Aceitar que as tenho. Que as caixas tão arrumadinhas às vezes sacodem, por terramoto interno ou externo. Aceitar que faz parte de mim. Aceitar os sonhos marados, as coincidências curiosas, as saliências perceptivas e Deus, a rir dos meus planos.

Aceitar e apaixonar-me. Apaixonar-me sem reservas, mas com todas as memórias intactas. Deslumbrar-me com a felicidade que sinto, sem medo das fantasias. Aprender a viver neste descontrolo sem me julgar louca, emocionalmente desligada ou desequilibrada.

Aceitar tudo isso. Aceitar que já amei ingenuamente e totalmente e que caí num poço de onde julguei que nunca me ia erguer. E ergui-me. Aceitar que já lutei sem reservas e que achava que já não tinha energias. E tinha. Aceitar que já me apaixonei como contam os livros e cantam as canções e não fui correspondida. E que isso não me derrotou. E  que voltei a amar de novo.

Aceitar que amo quem me ama. Não apesar, mas com as rotinas, e os temperamentos diferentes, as lutas, os desafios, mas também com carinho, paixão e humor. Porque amar é pulsão, é paixão, mas também é escolha e vontade.*

*E sentir borboletas na barriga quando me trazes à cama um comprimido para as dores de garganta.

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s