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Natal ou o seu reverso

Tenho uma relação amor ódio com calendários do advento.

Acho-os muito giros, especialmente se feitos artesanalmente e com presentinhos toscos / simbolicos para quem gostamos, mas causa-me algum desconforto os calendários dos adventos feitos pelas marcas com produtos para cada um dos dias... se por um lado penso "eh prendas que fixe" passado estes segundos mais consumistas e fúteis, só penso, para que tanto produto? provavelmente ninguém usa nem metade. É só pelo gozo de ter. E essa sensação a mim nunca me fez muito sentido.

Há momentos em que dou graças por ser mesmo pouco consumista inatamente. Obrigadinha genética, ambiente social (pais, obrigada por serem contidos e também vá um bocadinho forretas) e personalidade relativamente impermeável a futilidades várias.


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Regras das pulseiras, velas e estrelas

Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral

Mau feitio pois

Irrita-me psicólogos com "voz de psicólogo". Irrita-me a entoação "somos-todos-humanos-e-com-fraquezas-e-forças-e-vamos-lá-dar-as-mãos". Por isso irrita-me ouvir o Eduardo de Sá e o outro parvo que agora não me lembro o nome, há espera, é o Júlio Machado Vaz, mas que para justificar cada palermice que diz na rádio manda a boca do "isto não sou eu que digo, é tudo científico", quando tudo o que ele diz não tem ponta de racionalidade nenhum quanto mais de ciência. E lamento se tem um currículo fantástico, e se calhar até são bons no seu dia-a-dia. Mas deviam ter mais cuidado com o que dizem na rádio. Não falam para especialistas. Espiral