Só nos livros, nas canções, na poesia e na pintura o amor eterno e intenso, tantas vezes não recíproco, nos deixa maravilhados e até ligeiramente invejosos. Na vida real desconfiamos dele. Olhamos para as pessoas que o carregam como loucas, obcecadas. Achamos que não arrumaram caixotes. Ou gavetas. Que não ultrapassaram. Que não cresceram. Olhamos para essas pessoas com pena. Como se não soubessem alguma coisa. Como se lhes faltassem uma peça de puzzle. Achamos que são desenquadradas, doentes, até hostis ou perigosas. Que são perseguidores, que podem, basta a balança oscilar e desequilibrar-se, ter uma acção insensata, dramática, não enquadrada nas normas. Podem de repente mostrar o que sentem. Que rídiculo. Censuram. Estas pessoas não são civilizadas. Provavelmente deviam ir a um psicólogo. Dizem. O amor não pode ser isto. Pensam. Estão quebradas. Sussurram. "Vêm, tu, que estás despreparado. Este chama é perigosa, repetitiva, violenta. Não é domável ou vergada. Vêm. Ac...
Evolução. Alegria e optimismo. Linhas sem fim a ligar extremidades dos futuros. Labirinto. Nascimento e morte. Lua. Amor. Yin Yang. Lágrimas. Vida. Búzios. A viagem da alma. Da minha. Descrições de uma Espiral à procura de si própria e dos outros. Porque a mente e o coração confundem-se num corpo onde transborda sentimento.