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Não parece, mas é uma ode aos artistas

Só nos livros, nas canções, na poesia e na pintura o amor eterno e intenso, tantas vezes não recíproco, nos deixa maravilhados e até ligeiramente invejosos.
Na vida real desconfiamos dele.
Olhamos para as pessoas que o carregam como loucas, obcecadas. Achamos que não arrumaram caixotes. Ou gavetas. Que não ultrapassaram. Que não cresceram. Olhamos para essas pessoas com pena. Como se não soubessem alguma coisa. Como se lhes faltassem uma peça de puzzle. Achamos que são desenquadradas, doentes, até hostis ou perigosas. Que são perseguidores, que podem, basta a balança oscilar e desequilibrar-se, ter uma acção insensata, dramática, não enquadrada nas normas. Podem de repente mostrar o que sentem. Que rídiculo. Censuram. Estas pessoas não são civilizadas. Provavelmente deviam ir a um psicólogo. Dizem. O amor não pode ser isto. Pensam. Estão quebradas. Sussurram. 


"Vêm, tu, que estás despreparado. Este chama é perigosa, repetitiva, violenta. Não é domável ou vergada. Vêm.  Acima de tudo, mostra-te.  A partir do momento em que a aceites, não há retorno ou volta. Não te iludas, ela consumirte-á mais do que tu a utilizarás.  Também não te enganes. Isto não é um convite."

 

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Sobre "a nossa alma a desatar"

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Voltei mesmo?

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