Avançar para o conteúdo principal

Do que nos leva

Uma vez, numa viagem a duas, uma amiga gritava-me, em lágrimas, que o que mais se recordava do pai, era ele ter-lhe dito que podiam tirar-lhe tudo, mas que o conhecimento e as aprendizagens que fazia, não.

Vou fazer um doutoramento.
Com todos os gastos que isso implica (não não tenho bolsas, nem ajudas e ganho menos que o salário médio nacional, com todas as despesas normais de uma pessoa que não tem outros rendimentos ou pais ricos).
Como todo o tempo que ocupa (continuo a ter o meu trabalho full-time, a morar a 1 hora e meia de distância do trabalho, de transportes, e a tentar  ter vida social de vez em quando).
Com tudo o que não me vai dar (não irei ganhar mais, não subirei de posto hierárquico, não irei ser reconhecida de nenhuma maneira - nem isso me é relevante).

Vou aprender muito. E estou maravilhada com esse desafio.

Nota-se que há frases que nos ficam coladas aos ossos e impressas no cérebro, não é?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Regras das pulseiras, velas e estrelas

Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral

Mau feitio pois

Irrita-me psicólogos com "voz de psicólogo". Irrita-me a entoação "somos-todos-humanos-e-com-fraquezas-e-forças-e-vamos-lá-dar-as-mãos". Por isso irrita-me ouvir o Eduardo de Sá e o outro parvo que agora não me lembro o nome, há espera, é o Júlio Machado Vaz, mas que para justificar cada palermice que diz na rádio manda a boca do "isto não sou eu que digo, é tudo científico", quando tudo o que ele diz não tem ponta de racionalidade nenhum quanto mais de ciência. E lamento se tem um currículo fantástico, e se calhar até são bons no seu dia-a-dia. Mas deviam ter mais cuidado com o que dizem na rádio. Não falam para especialistas. Espiral