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É uma maldição isto de sentir e escrever

Gostava de, por uma vez, não procurar e ser encontrada,

De uma palavra contida, que sairá a rojo, impulsivamente. 

De, ao folhear livros desinteressadamente,  descobrir

Cartas não enviadas e declarações insuspeitas. 

Gostava do sopro dramático de um insight amigo,

Daqueles que só acontecem em filmes. 

Gostava de, por um dia, por uma hora, por um milésimo de segundo

Não estar tão estupidamente consciente,

Tão criteriosamente civilizada

Tão com medo do ridículo, a toda a hora. 

Ser arrebatada, roubada, abduzida,

Encapsulada e amada assim loucamente. 


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Do que vale a pena (só sei falar sobre amor)

As pessoas não fazem ideia, não sonham, não pressentem.... Mas em termos emocionais sempre tive uma sorte avassaladora. Sim independentemente, de tudo, a sorte, o timing é fundamental e crucial. Nós apenas jogamos com as cartas que a vida nos dá. E eu tenho/tive uma sorte avassaladora. Porque amei demais, sofri demais, porque mesmo quando perdi, ganhei muito. Porque tive hipóteses, porque tive esperanças, porque me expus, porque nunca, mas nunca me acobardei. Porque tive medo, muito medo. Porque tive coragem. Porque foi sempre vulnerável e sincera. Porque sei a diferença entre perder a dignidade e perder o orgulho. Caramba não sei mesmo explicar como certas experiências são tão enriquecedoras. Quem toca o céu nunca volta ao seu ponto original. E caramba em termos estatísticos ainda tenho mais de metade de uma vida para viver.