Avançar para o conteúdo principal

Pensamentos da gravidez

1- Curiosamente a altura em que me senti mais vulnerável, a precisa mais de me sentar, a sentir que precisava de passar a frente de filas e que não conseguia fazer esforços, foi quando a barriga mal se notava. Agora de 6 meses, apesar de não poder correr, sinto-me lindamente e nada pesada. 

2- Aquela parte de passar de dormir 6 horas para 10 nos primeiros meses é só assim horrorosa.

3- Como assim enjoar (de dar vómitos mesmo) do cheiro a café, que é só um dos cheiros que mais adoro no mundo?

4- Isto é tudo muito lindo, mas morro todos os dias por comer sushi. Mal parir quero, ainda na sala de partos 40 peças no mínimo por favor. 

5-"Tens de abrandar" AH AH AH. 

6- Não tinha preferência nem curiosidade em saber o sexo da criança. 

7- Agora sei e estou esmagada pela responsabilidade de vir a criar um ser humano. Que quero  acima de tudo que seja íntegro e honesto, essas qualidades tão antiquadas e tão mal vistas hoje em dia. 

8- Estou a adorar o corpo de grávida. Adoro a barriga.

9- Não adoro parecer um senhor obeso mórbido, e fumador há 40 anos, prestes a ter um ataque cardíaco quando subo um simples lance de escadas. 

10- Descobri que as pessoas burras não tem noção que são burras. Agora pergunto uma coisa e passado 10 minutos faço a mesma pergunta sem me lembrar que já perguntei. Já não posso odiar pessoas burras porque agora sou uma delas, pelo menos temporariamente. Veremos se a empatia não se esvai com o fim da gravidez. 

11 - Não poder dormir em posição ventral (a minha única posição de conforto a dormir) é sem dúvida o décimo círculo do inferno. 

12- Ainda não caí bem em mim, que estou num estado que sempre desejei e que tinha receio que nunca acontecesse. 

13- A felicidade é muito isto. 


Comentários

Que maravilha de texto!

Muitos parabéns e felicidades por este momento :)

Tudo a correr bem

Mensagens populares deste blogue

Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s