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Pois é...

Eu não sei do resto do mundo, mas há um pedacinho de mim que se surpreende com o choque de uma nova felicidade.

Porque para ela entrar há um mundo de bagagem de que tenho que me despedir. De deixar lá atrás. De perceber que não volta.

E eu acredito que para muita gente este é um processo fácil, bora lá mandar-nos de cabeça que o mundo é para a frente e o que que fica atrás não me faz feliz agora, e e não quis, quisesse, ou azarinho.

Mas comigo não é so deixar os outros, as memórias, as coisas boas, os sentimentos intensos. É deixar partes de mim, vínculos, relações. E eu odeio despedidas e partidas. Porque por mais que tragam começos, e muitos deles bons, não me comem por parva e eu sei bem o preço das coisas boas. Muitas vezes o preço das coisas boas é ter deixado muitas fantásticas para trás. Muitas partes de mim fantásticas também.

E ainda não cheguei à fase da vida em que acho que há um equilibrio ou que isso é justificado.

Ou que ache que valha a pena perder pessoas fantásticas para conseguir outras igualmente fantásticas.


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