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O meu blog

Este é o meu blog. É normal que escreva aqui o que não digo, o que não transmito. O que quem me vê sente, mas que não formulo. É normal que extremize, que me perca, que pareça louca, carente, confusa, perdida.
É normal que saiam as coisas: o que não recalco. O que não me engano. O que está aqui. O que não me envergonha e não me melindra.

Mas que não se diz todos os dias, a toda a gente, em qualquer lugar.

E porque adoro escrever. E é deste material que se escreve. Pelo menos eu. Não tenho verdadeiras histórias de sofrimento. As piores. Doenças, estupro, violência ou marginalidade. Ou outras que nem faço ideia. E que dão, dão sempre, pessoas fantásticas com imenso que mostrar e demonstrar e um modo vivo, doloroso, próprio de se expressarem.

Mas eu não vivi isso. E não sofri assim.

Por isso uso outras coisas. Outras ferramentas. Outros catalisadores. O que me sobra. O que é normal em qualquer ser humano. Se não os acontecimentos, os sentimentos. Os sentimentos. E sobra-me os sentimentos que vêm das relações. Das que foram e das que não foram. Das que ficaram.

Por isso me repito, e procuro e rebuscoc e escanfuncho.
Porque, e muito limitada e humildemente é o único material de que disponho.

E é isto o meu blog, às vezes mais, às vezes menos.

Mas acima de tudo é uma admiração pela escrita e pelos sentimentos. Mesmo que às vezes não pareça.


Comentários

Anónimo disse…
Eu gosto de vir aqui ler-te e se me apetecer comentar o que escreves.

Um abraço

Pedro Ferreira.
Espiral disse…
Ora muito obrigada =)

Ele anda um bocadinho solitário, mas também não lhe tenho dado muita atenção
Milkshake disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Milkshake disse…
Esta é a minha amiga :) Orgulho!!!

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s