Às vezes por momentos e conscientemente volto atrás no tempo. Espero que o corpo se habitue à viagem e volto a sentir. Volto a ter 23 e volto aquela dor. Para que não me esqueça. Para que aquele susto, aquela falta de ar nunca saía de mim. Para que não perca a noção dos momentos. Para que nunca saiba de novo o que é sentir aquilo verdadeiramente. Para que retenha e consiga ser câlida, caridosa, generosa, empática presente. Para, por momentos, parar de me sentir viva, para morrer, por sofrer de novo, para nunca mais sofrer assim de novo, e voltar a ver e a sentir que sim, renascemos. Que sim, é possivel sofrer demasiado, e voltar a sentir. Se calhar não demasiado, mas a sentir. E agradecer a todos ou a ninguém por isso. E perceber que ninguém, nunca, devia ser obrigado a sofrer assim, porque nunca se pensou que fosse humanamente possível viver depois disso, mas que ao mesmo tempo, toda a gente devia passar por isso, porque nunca ninguém vive e sente verdadeiramente se não teve e sentiu isso.
Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral
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É , também é isso *