Avançar para o conteúdo principal

Se calhar sou feminista e não sabia

Apesar de, enquanto psicóloga perceber perfeitamente os mecanismos sociais e cognitivos que levam as pessoas a quererem (consciente ou não) enquadrar-se em perfis, em estereótipos, juro que como ser humano e especialmente como mulher, isso não só me é completamente estranho como ser humano único, como me ofende como mulher pensante, inteligente e que tem a mania que pensa.

Este assunto advém de ter acabado de ver algures na internet um produto de manicure, que consiste em desenhos para as unhas divididas entre vários tipos de temáticas. E as temáticas seriam vários tipos de mulheres, a ver: a princesa (com laçinhos laçarotes e rosas), a rebelde (com tatoos e afins), a hipster (com ocúlos e a cena dos bigodes muito na moda), a professora (ar de senhora composta), a turista (viagens e afins), a rockeira (rock e rock), a sailor (estão mesmo a ver não é?), entre outras...

E juro que isto no mínimo me melindra um pouco.... porque eu como mulher sou tanta coisa que não se enfia assim em sacos tão pequenos e redutores, tendo tanto de uma como tanto de outra e tanto de mim própria que não há perfil, persona ou padrão onde me encaixe....

E claro que eu sei que isto é para vender, e são facilitadores de temática de produto, e têm conceitos inerentes e assim, mas no mínimo isto apenas serve para continua a validar padrões de comportamento tanto daqueles que interagem connosco, como reforça percepções cognitivas muitas vezes erradas sobre o nosso sexo. E isso é grave. Porque limita-nos, coage-nos, mesmo que muitas vezes não tenhamos noção disso.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s