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Quem somos

Conheci muito poucas pessoas pessoalmente dentro das várias com que convivi ao longo do tempo on-line. Se pensar bem provavelmente foram só duas ou três. Os motivos porque as conheci foram sempre mais do que o apenas "falamos na net, vamos lá conhecermo-nos".

Talvez porque nunca foi o meu principal interesse neste mundo do on-line. Talvez porque no principios, especialmente na era do mirc, era um bocadinho mais novinha, mais receosa, mas já com uma inteligência emocional que me permitia discernir as diferenças entre um contacto on line e o real, e tão ou mais, os motivos de me quererem conhecer (boys will be boys) e de eu não estar interessada nisso de todo. E sempre fui clara nesse aspecto.

Mas este post mais que falar das amizades on line que passaram para reais e tangiveis, serve para comentar as diferenças que podem existir entre o que somos on line e o que somos fora.

Sinceramente até hoje nunca percebi bem que imagem projecto, mas já percebi que muitas vezes é desenquadrada com o que sou na realidade.  Sei que algumas pessoas ao lerem-me achavam que eu era mais feia do que o que sou na realidade (vá, numa escala de 0 a 10 sou um 5, deviam achar que era um três), mas curiosamente o que mais me desperta a atenção é em relação a outra característica minha a que dou muito mais apreço: O sentido de humor.

Uma das pessoas que me conheceu, já passado algum tempo (anos?) de falarmos na net disse-me muito surpreendido "Uau, tu tens sentido de humor!" como se na net eu fosse uma pessoa mais dada a conversas de seca, sérias, ou altamente profundas, sempre a raiar a seriedade.

Outra pessoa com quem me encontrei por motivos profissionais um tempo depois de falar na net, pessoa inteligente, algo amarga com a vida, ceptica e cinica (adjectivos dados pelo próprio) e exigente e difícil com as pessoas com quem se dava, olhou para mim surpreendida com algo que eu disse e comentou "foi das melhores tiradas que me disseram nos últimos tempos, tanto que ate me vou calar um bocado a absorver" (em termos humorísticos).

No lado oposto está um amigo meu (olá P*) que leu ete blog cerca de meio ano depois de me conhecer e que me veio dizer "ah achava que o teu blog seria mega deprimente e profundo e afinal escreves com piada!".

Bem, afinal em que ficamos? É engraçado perceber (e bom) que não somos constantes. Que existem várias camadas de nós próprios, e que as mostramos alternadamente, sem consciência disso. Acredito que no fim, a minha essência está sempre lá, e apenas talvez este mundo, o on line em conjunto com o off line , o torne mais completo.

Permitiu-nos mostrar lados nossos que estão normalmente mais cobertos, o que ficava nas páginas dos nossos diários e sonhos. E que agora podem ser mostrados. Não é uma coisa má. É bom. Acredito que independentemente das desvantagens, dos lados lunares e negro, por norma veio mostrar um lado nosso ainda mais humano, mais frágil e também mais forte. Acredito que sirva para nos aproximar a todos e não para nos distanciar. Que o conhecimento que ganhamos sirva para criar uma nova empatia carregada de humanismo e generosidade.


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Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s