Acho que tento, mas não sou uma boa pessoa. Provavelmente não tento assim tanto, e os meus gestos são superficiais. Até podem ter algum alcance mas com pouca profundidade o que o faz ser simplesmente pueris e fúteis.
Não sou boa pessoa. Irrito-me e deprimo porque não tenho o emprego que queria. Porque não tenho o ordenado que julgo merecer. Fico com raiva de, apesar de já ter trabalho outra vez, ganhar a miséria que ganho. É o que sinto. Sinto-me furiosa porque não posso ter uma casa, porque não posso viajar como queria e como acho que merecia. Porque não posso comprar o que quero, roupa, livros, ter tudo aquilo que acho que tenho direito. Porque tenho a idade que tenho e ainda vivo em casa dos pais e acho isso injusto. E como se o mundo me devesse alguma coisa. E porque acho que mereço. Mais que outros, claro. E acho que há culpados (o meio, o contexto, a genética, a aletoriedade karmática, etc) e perco energias só a carpir.
Não sou boa pessoa. Porque olho demasiado o que não tenho.Que "toda a gente" parece ter e só eu não. Porque penso demasiado, porque fico frustrada e isso faz de mim mesquinha. E faz de mim uma pessoa má. E raivosa. E amarga. E fica aqui um buraco enorme e escuro que alastra. De certeza. E odeio sentir-me assim.
Porque claro que quero ser boa pessoa. Ninguém gosta de se olhar ao espelho e ver esta imagem crua e verdadeira. Porque odeio sentir estes sentimentos, porque juro, juro que acho que era melhor pessoa que isto....Mas é o que é.
Não sou boa pessoa porque me falta esta grandeza. Esta pureza. Esta generosidade imensa. Por isso envergonho-me. Por ser uma pessoa assim tão "feia".
Mas estes textos ajudam-me. As pessoas por detrás destes textos. Estes exemplos. Porque hoje sou pequena, ignóbil. Mas pode ser que um dia, passo a passinho, consigo chegar perto disto.
http://eueleeamaria.blogspot.pt/2014/06/nos-temos-tudo.html
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Não sou boa pessoa. Irrito-me e deprimo porque não tenho o emprego que queria. Porque não tenho o ordenado que julgo merecer. Fico com raiva de, apesar de já ter trabalho outra vez, ganhar a miséria que ganho. É o que sinto. Sinto-me furiosa porque não posso ter uma casa, porque não posso viajar como queria e como acho que merecia. Porque não posso comprar o que quero, roupa, livros, ter tudo aquilo que acho que tenho direito. Porque tenho a idade que tenho e ainda vivo em casa dos pais e acho isso injusto. E como se o mundo me devesse alguma coisa. E porque acho que mereço. Mais que outros, claro. E acho que há culpados (o meio, o contexto, a genética, a aletoriedade karmática, etc) e perco energias só a carpir.
Não sou boa pessoa. Porque olho demasiado o que não tenho.Que "toda a gente" parece ter e só eu não. Porque penso demasiado, porque fico frustrada e isso faz de mim mesquinha. E faz de mim uma pessoa má. E raivosa. E amarga. E fica aqui um buraco enorme e escuro que alastra. De certeza. E odeio sentir-me assim.
Porque claro que quero ser boa pessoa. Ninguém gosta de se olhar ao espelho e ver esta imagem crua e verdadeira. Porque odeio sentir estes sentimentos, porque juro, juro que acho que era melhor pessoa que isto....Mas é o que é.
Não sou boa pessoa porque me falta esta grandeza. Esta pureza. Esta generosidade imensa. Por isso envergonho-me. Por ser uma pessoa assim tão "feia".
Mas estes textos ajudam-me. As pessoas por detrás destes textos. Estes exemplos. Porque hoje sou pequena, ignóbil. Mas pode ser que um dia, passo a passinho, consigo chegar perto disto.
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