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Como o vídeo que vi hoje por exemplo

Não consigo ver situações injustas. Pessoas que na aleatoriedade da vida ficam sem nada. Não gosto de ver pessoas a pedir. É egoísmo meu, eu sei. Mas fico com um peso enorme. Sinto um peso enorme na cabeça, nas costas, no coração. Sinto-me culpada. Como se a culpa fosse minha. Porque não faço nada. Sou culpada porque não faço nada e devia fazer. Mas não sei o que fazer. Não sei mesmo. E não tem fim esta sensação. Porque há sempre pessoas em situações miseráveis. Algumas, muitas delas, tão dignas. Tenho vergonha. Não delas. De mim. De ter a certeza que não tenho nem um bocadinho daquela dignidade. Fico com a garganta apertada quando testemunho essas situações. O que é que eu posso fazer? O que é que eu posso fazer...


Daqui.


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Do que vale a pena (só sei falar sobre amor)

As pessoas não fazem ideia, não sonham, não pressentem.... Mas em termos emocionais sempre tive uma sorte avassaladora. Sim independentemente, de tudo, a sorte, o timing é fundamental e crucial. Nós apenas jogamos com as cartas que a vida nos dá. E eu tenho/tive uma sorte avassaladora. Porque amei demais, sofri demais, porque mesmo quando perdi, ganhei muito. Porque tive hipóteses, porque tive esperanças, porque me expus, porque nunca, mas nunca me acobardei. Porque tive medo, muito medo. Porque tive coragem. Porque foi sempre vulnerável e sincera. Porque sei a diferença entre perder a dignidade e perder o orgulho. Caramba não sei mesmo explicar como certas experiências são tão enriquecedoras. Quem toca o céu nunca volta ao seu ponto original. E caramba em termos estatísticos ainda tenho mais de metade de uma vida para viver.