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Take 4

Viras-te enquanto o vestido escorre-te devagar pelas costas. Passo os dedos pelas saliências das letras ainda não cicatrizadas que escolheste colocar na pele. Na penumbra, que te esconde a cara, não consigo ver o que está escrito. Ouço na minha mente melodias e penso em duas ou três possibilidades. Percorro a tua pele lisa e paro na saliência da tua anca. Bruscamente voltas-te e beijas-me. Desejo-te violentamente nesse momento. Beijo-te os lábios, a cara, o pescoço, quase que te esmago as costelas ao agarrar-te. Levanto-te para cima da secretária. Ouço sons de cacos partidos, de metal e de vidro. As tuas mãos rápidas tiram-me o cinto, puxo-te para mim e beijo-te a boca enquanto as minhas mãos procuram rapidamente pedaços do teu corpo que preciso com urgência fundido no meu.

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Do que vale a pena (só sei falar sobre amor)

As pessoas não fazem ideia, não sonham, não pressentem.... Mas em termos emocionais sempre tive uma sorte avassaladora. Sim independentemente, de tudo, a sorte, o timing é fundamental e crucial. Nós apenas jogamos com as cartas que a vida nos dá. E eu tenho/tive uma sorte avassaladora. Porque amei demais, sofri demais, porque mesmo quando perdi, ganhei muito. Porque tive hipóteses, porque tive esperanças, porque me expus, porque nunca, mas nunca me acobardei. Porque tive medo, muito medo. Porque tive coragem. Porque foi sempre vulnerável e sincera. Porque sei a diferença entre perder a dignidade e perder o orgulho. Caramba não sei mesmo explicar como certas experiências são tão enriquecedoras. Quem toca o céu nunca volta ao seu ponto original. E caramba em termos estatísticos ainda tenho mais de metade de uma vida para viver.