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Morte

A morte conduz uma bicicleta enquanto tu andas de carro. Vai, figura de adolescente frazino, sweat azul escura com capuz e mochila laranja às costas, a pedalar. Ao aproximar a um cruzamento espera que estenda mão a indicar o caminho que vai seguir. E segue o caminho contrário. Nunca passes à frente da morte...porque ela pode estar para seguir a mesma direcção que tu.

Espiral

Comentários

catavento disse…
como será que a morte conduz a sua bicicleta? será que às vezes também ela se esquece de indicar o caminho (talvez sempre se esqueça, elas às vezes consegue ser muito distraída). será que a morte é um anjo? os anjos, ouvi dizer pairam por aí perto de nós para nos guardar. talvez a morte seja um deles. talvez a morte se vista de branco para não ser reconhecida pelos outros. será que a morte consegue ser ludibriada? será que a morte às vezes tem dúvidas? será?
Anónimo disse…
se não fosse sobre a morte, diria que esta era uma historinha de crianças. aquelas que têm sempre uma moralidade escondida algures. esta morte de bicicleta é imprevisivel..
..remete-me para a ponderação dos momentos da vida. de todas as decisões tomadas e por tomar. virar a direita ou a esquerda..? encontrar-me aqui com o miudo de mochila laranja.. ou la mais a frente? assusta-me poder existir "escolha" nestes momentos de morte. bj

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Sobre "a nossa alma a desatar"

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Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s