Eles encontra-se no carro. Parvoíce essa de ser sempre num carro. De seguida, numa troca de olhares e ironicamente, sem palavras dão as mãos e seguem. Sobem escadas de um prédio desactualizado, passam entre as pessoas, fogem de relações, de familiares, do passado, do presente e do futuro. Naquele momento, só naquele momento, sabem que têm pouco tempo. Correm, escapam-se, os dedos dela estão muito apertados, o coração também. Ele tomou uma decisão. Ou ainda não. Mas tem de saber. Chegam a uma divisão cheia de pó. Não sei se tem uma lareira acesa e quente, aconchegante, ou se há uma janela enorme a irradiar luz que os esclareça e ilumine.
Ajoelham-se no chão de frente um para o outro, olhos nos olhos. De tronco nu. Fixam-se expectantes. Esperam. Ele afasta cabelos do ombro dela.
Ajoelham-se no chão de frente um para o outro, olhos nos olhos. De tronco nu. Fixam-se expectantes. Esperam. Ele afasta cabelos do ombro dela.
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