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Dia da criança

Um dia para tocar o sol com o dedo. E cheirar a pele dos outros. Para comer gelados e sussurrar ao vento feitiços que despertam ou manifestam paixões. Um dia para correr porque sabemos que podemos voar. Para ouvir risos intermitentes. E para os soltar. Há dias assim. Não porque queremos. Não porque se emitiram razões, tratados ou leis. Não recebi uma boa noticía. Não recebi uma má. Ninguém nasceu ou morreu aqui perto. E tão pouco me confidenciaram ao ouvido, bem rente ao meu pescoço, os meus desejos.
Um dia para viajar por aí, ou nos meus sonhos. Para adormecer depois de ter trepado à árvore mais alta ou de ter lido o romance mais chato. Um dia para escrever palavras a mostrar que a felicidade se condensa em 24 horas. Sem chama forte a devorar o mundo. Sem brasas lentas a aquecer o corpo. Apenas um fogo que existe. Porque sim.

Espiral

Comentários

Anónimo disse…
"porque é que o céu é azul?" por vezes faz mais sentido do que "quanto é que ele ganha?, o que é k ele faz?"
1dia para aqueles que ainda dão valor às coisas simples da vida. as crianças. e todos os que sabem manter a pureza de espirito. um dia para tocar o sol com o dedo, nao é assim? ;)
catavento disse…
tocar o sol com o dedo porque conseguimos sempre lá chegar, um dia para saltitar por entre os sonhos e sorrir, rir muito porque o fogo faz-nos cócegas. para partir e chegar logo a seguir em micro viagens que são a eternidade.
porque sim!

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s