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O problema é que eu sei o que quero....

Barcelona. Fim de tarde de um fim de Fevereiro. Eu mais a R., a M. e a L. à esquina de um café a saborear um fim de tarde em Barcelona. À beira do café sentada no chão, estava uma rapariga loira. Da nossa idade. Estava vestida com roupa limpa e "normal". Mas estava a pedir, com todos os traços inerentes (tiques, tremores, magreza) de uma toxicodependente com a ressaca em dia.

Num certo momento passa um rapaz que ao entrar no café, manda a beata do cigarro que fumava para o chão. E muito rapidamente a rapariga agarra a beata que caiu no chão sujo e começa a dar umas passas. Na beata quase acabada, suja do chão sujo.

O rapaz repara. Repara e volta atrás. Acende um cigarro e dá-lhe. Nunca vi um sorriso tão bonito, de tão surpreso, como no rosto daquela rapariga naquele dia.

"Apaixonei-me" naquele momento por aquele rapaz. Sei que é com este tipo de homem que quero passar a vida. Alguém com este tipo de generosidade só me faria apaixonar, cada dia, mais um bocadinho. =)

Comentários

Pulha Garcia disse…
As pessoas são feitas de muitas coisas diferentes e exigem de outras também muitas coisas diferentes. Se efectivamente encontrasses um homem generoso e atento aos outros, com o tempo exigir-lhe-ías outras coisas. É fatal.
Espiral disse…
Sim. Mal acabei de escrever este post, pensei que essa realidade era inevitável.

Mas, do que falo aqui é mais daquelas coisas bonitas, aqueles momentos em que sabemos que "foi aqui, neste momento, que me apaixonei por ele".

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s