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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2012

Da generosidade

Não percebo quem ache mal a "caridadezinha" como lhe chamam. Que só achem que tem valor lutar por uma economia melhor, por empregos mais justos e mais bem pagos ou pela melhoria das condições de vida no geral e ache mal, mesquinho (?),  mania (??) quem "apenas" tenta matar a fome de quem está próximo. Não percebo quem ache que isto é acomodar-se. Eu acho que é tudo menos isso. Não se preocupem. Há para todos. Infelizmente há todos os níveis de causa pelos quais lutar.
Aprendi há menos de 4 anos (parece que foi há uma eternidade) que as saudades quase matam, quase estrangulam, quase asfixiam. Entretanto também aprendi que se pode voltar a sentir isso tudo. Mas já se sabe que não matam, não estrangulam e não asfixiam. E há, mesmo que sem querer, uma ligeira camada protectora, que embota um bocadinho os sentidos. Doi. Doi muito. Doi tudo. Mas já se consegue viver com a angústia sufocante (porque não sufocamos) e com a sensação de quase morte (porque não se morre). É como uma droga. Das protectoras.  E não é bom isso. Porque mudamos um bocadinho. Já não estamos desprevenidos. Já reconhecemos aquela dor, aquela saudade, aquela angústia. É como um velho  inimigo que já não assusta tanto. Mas destroi. Assim como a droga que supostamente nos protege. Também destroi. Ainda estou a tentar perceber o que fica e o que se salva de tantas proteções de tanta saudade.

"Adeus. Adeus miúda."

Há sonhos fortes. Que te fazem acordar com um amargo na boca. E que duram dias na tua cabeça. Btw é preciso ver os pontos positivos: estou a despedir-me e a resolver-me e foi uma maneira de ouvir novamente a tua voz. Sim, vamos crer que isto são pontos positivos ok?

Castle

De algum modo a minha vida não passa de ciclos que acabam mais ou menos como a detective Becket no fim da segunda temporada de Castle. (provavelmente nas outras temporada corre tudo ok, mas ainda ñao as vi e além disso a minha vida é só como até ali.)

A vida é um casino

Por isso o outro lado tem sempre as odds mais favoráveis. É  uma luta constante, um jogo, um desafio. Conhecer as regras do jogo ajuda um pouco. Aí aumentamos as nossas probabilidades, com conhecimento, e quase, quase ficamos em pé de igualdade. Mas nunca esquecer o factor sorte. Onde não interessa se é a primeira vez que jogas, se és experiente ou se és defensivo ou de ataque, ou mesmo se fizeste batota muitas vezes. Os casinos nunca foram justos.

Segundo post que escrevo maiores de 18

Ao ler isto   lembrei-me de um episódio que me aconteceu uma vez com um ex namorado: Estava eu alegremente à espera dele em minha casa e tive a ideia de só vestir um casaco tipo impermeavel por cima da roupa interior e saltos e tal. Quando ele chegou vinha ao telemóvel a falar de trabalho. Demorou cerca de 3 minutos a desligar "ah claro, muito obrigada e claro que sim...". Três minutos.... TRÊS MINUTOS! Tá bem que eu também não fui muito assertiva género "cheguei", mas... TRÊS MINUTOS? E ainda se admiram que o ego das mulheres fiquei fragilizado..

O reverso da medalha

Um bom amigo, há uns meses, enquanto falavamos da minha nova tatuagem referiu-me duas que queria fazer. Um delas era tatuar no meio das costas "Nunca olhes para trás". Na altura adorei. Achei super criativo e corajoso e achei muito uma tatuagem para ele, mas não para mim. Agora, no momento em que estou pensei "sim, agora já sinto que é para mim.". E apercebi-me que afinal não acho corajoso. O meu "não olhes para trás" soa-me desesperado. De quem precisa de fugir. Não necessariamente para se encontrar ou porque há algo mais à frente. Apenas porque se tem que seguir em frente. E nem sempre o seguir em frente é estoíco. Muitas vezes é só porque tem que ser. Porque não dá para ficar, permanecer, parar. Acho que nunca me senti tão cobarde.

A prova de um mito

Há  dois dias almoçei com um amigo meu que veio passar uns dias a Portugal  e estavamos nos a subir as escadas rolantes do shopping e ele diz-me assim "Ah, tu ficas gira sem maquilhagem." Agora, dois pontos: - Eu tinha maquilhagem. Base, antiolheiras, blush e bronzeador, batom discreto e um ligeiro risco preto no olho. Estava era bem maquilhada, ou seja não se notava; isto não é tipo puta dos anos 80 de sombra azul e batom berrante com kilos de base. Portanto, amiguinhos a próximo vez que me disserem "nós gostamos de gajas sem maquilhagens" vou rir-me na vossa cara. - Se ele ficou surpreendido das duas uma: ou maquilho-me tipo palhaça e desta vez correu bem, ou ele acha que sem maquilhagem eu fico um pequeno monstro.

Ego

É um alívio enorme perceber que há certas coisas que com o passar do tempo se tornam apenas ego. Um alivio enorme. Com isto eu sei lidar. nem que tenha vergonha. Nem que me sinta humilhada. Nem que pense que às vezes peito aberto e cara erguida é mais do que o que eu posso suportar.  Eu só não sei lidar com o que o coração teima em sentir e em não deixar no passado.