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Aprendi há menos de 4 anos (parece que foi há uma eternidade) que as saudades quase matam, quase estrangulam, quase asfixiam.

Entretanto também aprendi que se pode voltar a sentir isso tudo. Mas já se sabe que não matam, não estrangulam e não asfixiam.

E há, mesmo que sem querer, uma ligeira camada protectora, que embota um bocadinho os sentidos. Doi. Doi muito. Doi tudo. Mas já se consegue viver com a angústia sufocante (porque não sufocamos) e com a sensação de quase morte (porque não se morre).

É como uma droga. Das protectoras.  E não é bom isso. Porque mudamos um bocadinho. Já não estamos desprevenidos. Já reconhecemos aquela dor, aquela saudade, aquela angústia.

É como um velho  inimigo que já não assusta tanto. Mas destroi. Assim como a droga que supostamente nos protege. Também destroi.

Ainda estou a tentar perceber o que fica e o que se salva de tantas proteções de tanta saudade.

Comentários

Duluoz disse…
é a resistência. que, com o passar dos anos, vai aumentando. e a saudade é um monstro que deixa de atormentar com tanto poder, porque nós já lhe conhecemos a linguagem. bem escrito - teu texto.
Espiral disse…
Espero que seja só a parte positiva =)

Obrigada

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s