Avançar para o conteúdo principal

O reverso da medalha

Um bom amigo, há uns meses, enquanto falavamos da minha nova tatuagem referiu-me duas que queria fazer.

Um delas era tatuar no meio das costas "Nunca olhes para trás".

Na altura adorei. Achei super criativo e corajoso e achei muito uma tatuagem para ele, mas não para mim.

Agora, no momento em que estou pensei "sim, agora já sinto que é para mim.". E apercebi-me que afinal não acho corajoso. O meu "não olhes para trás" soa-me desesperado. De quem precisa de fugir. Não necessariamente para se encontrar ou porque há algo mais à frente. Apenas porque se tem que seguir em frente.

E nem sempre o seguir em frente é estoíco. Muitas vezes é só porque tem que ser. Porque não dá para ficar, permanecer, parar.

Acho que nunca me senti tão cobarde.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Regras das pulseiras, velas e estrelas

Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral

Pós turnos

Preciso de: - 5 cafés - dois palitos para segurar os olhos - uma almofada - um comprimido para as dores de cabeça - menos trabalho - uma massagem - um beijinho Acho que tenho que me contentar com os cafés.... sniff Espiral