Às vezes, só às vezes, naqueles momentos em que estamos perdidos no meio da multidão, há algo, há sempre algo, pode ser uma música, aquela específica, que nos recorda o que já fomos, o que já sonhámos. Quem fomos, de como temos saudades, da inocência e da crença. Do romantismo. Oh, que tenho mais saudade era daquele romantismo onde me enrolava por longas horas e por onde andava sem medo do ridículo. Quero continuar a permitir-me sonhar e a fantasiar. Sem esquecer a realidade, mas sabendo que só posso ser feliz verdadeiramente dando espaço também para esses momentos, resguardados, intímos. Nunca ninguém sabe, nem que tente, porque não se pode atrever a perceber, a sentir, tudo o que guarda o coração de uma mulher.
Evolução. Alegria e optimismo. Linhas sem fim a ligar extremidades dos futuros. Labirinto. Nascimento e morte. Lua. Amor. Yin Yang. Lágrimas. Vida. Búzios. A viagem da alma. Da minha. Descrições de uma Espiral à procura de si própria e dos outros. Porque a mente e o coração confundem-se num corpo onde transborda sentimento.
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