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Sobre o dia 7 de Janeiro de 2015

1º Guerra: Acredito que violência gera violência. E por isso aterroriza-me muito a ideia que se alastra e instala da inevitabilidade da batalha e da guerra. Como se houvesse algo, situações, contextos que a justificassem. Que a tornassem digna. Que a tornam-se mais que necessária, obrigatória. Liberalizada. Quase Consagrada.

(A Europa e o Mundo têm memória curta. E Duas Guerras Mundiais num único século parece-me trauma suficiente para milénios).

2º Tolerância: Acredito na liberdade de expressão. Curiosamente também acredito no respeito. E na cedência. E no orgulho cultural e multicultural. E o esforço de tentar perceber as camadas das tradições. E separar o que é inócuo do que contra os direitos humanos. Isto tudo por debaixo das camadas. Não no superficial. Acredito que a nossa liberdade, toda ela, acaba quando começa os direitos dos outros. E que a liberdade de expressão acarreta grandes responsabilidade. Sensibilidade (palavra sentimental e antiquada, eu sei) é uma delas.

(Não me esqueço da proibição do Véu em França. E dos entraves da Suíça aos emigrantes. Nem dos "guetos" criados em toda a Europa. 2010, 2013...os europeus, o mundo tem memória curta.)

Não tenho opiniões formadas, convictas, extremas sobre o que aconteceu. Morreram 12 pessoas num país europeu. (Quantas morrem anonimamente num mundo em condições de violência perpetuada por outros. Será assim tão diferente?). Sim, é uma mensagem inequívoca do que determinado grupo de pessoas pretende e quer. Sim a situação assusta-me. Sim o potencial de descontrole aterroriza-me. Mas, tenho mais medo das consequências. Das opiniões infundadas, raivosas, intolerantes e xenófobas. Da raiva descontrolada. E do que isso provoca.

E do que isso altera no coração das pessoas.


Nota: Acredito que em relação ao humor não há vacas sagradas. Nenhumas mesmo. O meu texto não é sobre o Charlie e os seus conteúdos ( que conhecia e via regularmente). Na verdade, ainda não sei bem sobre o que é este texto. Só são reflexões.

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Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s