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Momentos que ficam

Ontem passava eu na praça da figueira às 21h00, em passo apressado para ir apanhar a boleia para um jantar de amigos quando ouço uma voz de criança a dizer alto. "Lua!! Anda cáaaaa" . Viro-me e vejo um miúdo ao colo da mãe, que também atravessava a praça da Figueira a pé, com os braços estendidos em direcção ao céu. E continuava, num tom alto e doce "Luaaaaaaa! Anda cá!!!".

Olhei o céu e estava uma lua fantástica. Juro, juro que também queria uma lua assim para mim. Tenho é vergonha de pedir como ele.

Espiral

Comentários

Nikky disse…
Acho que há uma espécie de "fé" em que conseguimos tudo e que vamos perdendo à medida que crescemos...
Espiral disse…
Sim, mas o mais triste é que ao perder essa podemos eventualmente não nos aventurar a sonhar, e a ter vergonha disso...

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Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral

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