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Felicidade

Está na moda e é bem visto ser volúvel. Mas não chamam volubilidade. Chamam-no ser flexível e fazer o que se sente porque quem não o faz é de vistas curtas.
Está na moda e é bem visto ser fútil. Mas não o chamam futilidade. Chamam-no viver a vida (através daquilo que aparentamos ser...)
Está na moda e é bem visto ser egoísta e só pensar no seu próprio umbigo. Mas não lhe chamam narcisismo. Chamam-lhe "lutar pela sua individualidade" e "expressar-se como são" (e o resto do mundo, a não ser que dê jeito, que se lixe).

Digam-me quem foi a pessoa, com uma inteligência incrível que conseguiu transformar esses conceitos todos. Quem conseguiu difundir tão bem o conceito de carneirada e de um modo tão subtil que toda a gente acha que só segue o que pensa "oh yeah". Só para eu puder estrangula-la. Ou então não. Então só me sentaria, puxaria de um cigarro (caso fumasse) e diria "Diz-me lá, como é que conseguiste, não aumentando as expectativas de ninguém *(só fingindo que sim, porque no fim toleram mais coisas), e não piorando a realidade delas (as pessoas nunca tiveram tantos "amigos" "relações" ou dinheiro, sim, aqui sem aspas) fazer com que as pessoas estejam tão infelizes e frustradas como estão?"

Bem, se calhar não preciso de fazer esta pergunta. E passo para a parte do mata-lo.
E não, não acho que a resposta seja "tomada de consciência"**.



Espiral

*Duas das estratégias para aumentar a felicidade são melhorar a nossa realidade e/ou baixar as nossas expectativas (sou tão adepta da primeira graças a todos os santinhos; mas a segunda vale o que vale em muitas situações, não percebo como é que as pessoas confundem baixar as expectativas com contentar-se com pouco)
**Alguns estudos comprovam que as pessoas mais informadas e com mais Educação são pessoas mais felizes (com mais algumas variáveis à mistura obviamente).

Comentários

paula milani disse…
Lá está a distância da própria natureza, do altruísmo - da integridade enquanto Ser Humano. A falta de visão a distância, falta de segurança para se sentir bem sem depender sempre de muita coisa externa.

No fundo, está toda a gente a procura da mesma coisa: da felicidade. Parece que alguns perderam o caminho de volta e procuram-no de várias formas.

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s