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Dizerem-me

"Aconteceu uma coisa, depois conto-te." aka "Tenho uma coisa para te dizer." aka "Tudo mais ou menos, já falamos." e deixar-me em compasso de espera é das piores coisas que me podem fazer.

Faço logo os piores cenários possíveis e imaginários, o fim do mundo e o diabo a sete, e fico nervosa o tempo todo.

Quando finalmente me contam o que se passa, mesmo que seja qualquer coisa chata e desagradável, eu não consigo expressar muito pesar pois não chega aos calcanhares do que imaginei. Por isso é possível que às vezes passe por insensível ou por indiferente. Não é isso. Simplesmente quando pensamos que vai acabar o mundo ficamos um bocadinho a leste da cabana de ferramentas que ardeu.

Espiral

Comentários

Dorushka disse…
E podia ter sido eu a escrever isto...
(Aliás, é rara a vez que cá venho e que não penso isso. Deve ser por isso que não comento muito, só para dizer concordo, acho que não vale a pena...)
Espiral disse…
Obrigada.

Acho giro haver quem se identifique dessa maneira com o que escrevo. Estás sempre à vontade para dizeres o que pensas. =)

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As pessoas não fazem ideia, não sonham, não pressentem.... Mas em termos emocionais sempre tive uma sorte avassaladora. Sim independentemente, de tudo, a sorte, o timing é fundamental e crucial. Nós apenas jogamos com as cartas que a vida nos dá. E eu tenho/tive uma sorte avassaladora. Porque amei demais, sofri demais, porque mesmo quando perdi, ganhei muito. Porque tive hipóteses, porque tive esperanças, porque me expus, porque nunca, mas nunca me acobardei. Porque tive medo, muito medo. Porque tive coragem. Porque foi sempre vulnerável e sincera. Porque sei a diferença entre perder a dignidade e perder o orgulho. Caramba não sei mesmo explicar como certas experiências são tão enriquecedoras. Quem toca o céu nunca volta ao seu ponto original. E caramba em termos estatísticos ainda tenho mais de metade de uma vida para viver.