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Eu, o elefante numa loja de cristais, a espalhar magia desde 1985

- Reparei no sábado que comprei um voo para Madrid baratinho no mesmo dia em que tenho o concerto de PJ Harvey e para o qual tenho bilhete desde o primeiro dia em que foi posto à venda (jurava juro que pensava que o concerto era dia 24);

- Percebi que convém, já que se é uma naba em relação a marcas e tipos de carros decorar a matrícula do dito cujo já que só se vai chegar de noite ao pé do dito e há mil carros estacionados à volta; de noite todos os gatos são pardos e era escusado ter andado a experimentar as chaves em dois antes de acertar;

- Conclui que nunca, mas nunca se deve achar que se pode ir ao carro só com o roupão-nada-sexy-e-cor-de-rosa-a-condizer-com-os-ditos-chinelos-ainda-mais-pimbas em cima da pele, cabelo molhado e cara de meter medo ao susto, buscar "uma coisinha, é rápido e até de noite, não passa ninguém"; é certo e sabido que é nesse momento que chega a casa o vizinho-bom-da-frente (irrelevante se já tentou a sua sorte e não quiseste nada com ele, continua a ser o vizinho--bom-da-frente) e a cara de gozo que faz não abona muito para a tua auto-estima.

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Regras das pulseiras, velas e estrelas

Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral

Mau feitio pois

Irrita-me psicólogos com "voz de psicólogo". Irrita-me a entoação "somos-todos-humanos-e-com-fraquezas-e-forças-e-vamos-lá-dar-as-mãos". Por isso irrita-me ouvir o Eduardo de Sá e o outro parvo que agora não me lembro o nome, há espera, é o Júlio Machado Vaz, mas que para justificar cada palermice que diz na rádio manda a boca do "isto não sou eu que digo, é tudo científico", quando tudo o que ele diz não tem ponta de racionalidade nenhum quanto mais de ciência. E lamento se tem um currículo fantástico, e se calhar até são bons no seu dia-a-dia. Mas deviam ter mais cuidado com o que dizem na rádio. Não falam para especialistas. Espiral