Já tive uma tenda daquelas pequenas de andar a acampar em vários sítios.. Quando a comprei pensei logo que desse para duas pessoas à larga, três pessoas sem stress de maior. Nessa altura achava que era tudo divertido, festa, paz e luzes.
Essa tenda acabou por se estragar estupidamente e muito facilmente. Cerca de um ano depois, numa altura "negra" (relativizem, ninguém morreu à fome, nem tinha nenhuma doença grave; alegrem-se ó almas sedentas de sangue, também tenho histórias dessas, mas não é disso que se trata aqui) da minha vida comprei uma daquelas da Queshua, fáceis de montar e desmontar. E comprei apenas para uma pessoa. Percebi que não queria e não valia a pena ter algo que não fosse só para mim e para as minhas voltas.
Na altura acho que nem pensei que era um bocadinho triste. Nem tinha bem, bem a noção das esperanças perdidas, dos sonhos rasgados, das promessas que não voltam.
Hoje continuo com essa tenda. Já fez algumas viagens, vai agora noutra.
Entre essas viagens o meu mundo dá deu alguns voltas: Voltei a apaixonar-me, a perceber que isso era possível (!), a lutar por algo, a dar de mim até ao tutano, a perceber que era uma batalha perdida (esta história de tudo em que dás recebes em dobro é uma grande piada cósmica do Universo, não é?).
Entretanto cá estou, há algum tempo sem ninguém.
Percebo que muitos dos meus sonhos continuam esfarrapados (alguns um pouco mais), que os clichés existem por algum motivo, que há coisas que são tão banais que nem percebo bem como não se percebem logo. Que, pelo menos no momento, o meu mundo está um bocadinho desencantado. Que há momentos em que me sinto velha, velha e pisada.
Mas ainda não perdi a capacidade de me desiludir. Talvez isso queira dizer alguma coisa.
Essa tenda acabou por se estragar estupidamente e muito facilmente. Cerca de um ano depois, numa altura "negra" (relativizem, ninguém morreu à fome, nem tinha nenhuma doença grave; alegrem-se ó almas sedentas de sangue, também tenho histórias dessas, mas não é disso que se trata aqui) da minha vida comprei uma daquelas da Queshua, fáceis de montar e desmontar. E comprei apenas para uma pessoa. Percebi que não queria e não valia a pena ter algo que não fosse só para mim e para as minhas voltas.
Na altura acho que nem pensei que era um bocadinho triste. Nem tinha bem, bem a noção das esperanças perdidas, dos sonhos rasgados, das promessas que não voltam.
Hoje continuo com essa tenda. Já fez algumas viagens, vai agora noutra.
Entre essas viagens o meu mundo dá deu alguns voltas: Voltei a apaixonar-me, a perceber que isso era possível (!), a lutar por algo, a dar de mim até ao tutano, a perceber que era uma batalha perdida (esta história de tudo em que dás recebes em dobro é uma grande piada cósmica do Universo, não é?).
Entretanto cá estou, há algum tempo sem ninguém.
Percebo que muitos dos meus sonhos continuam esfarrapados (alguns um pouco mais), que os clichés existem por algum motivo, que há coisas que são tão banais que nem percebo bem como não se percebem logo. Que, pelo menos no momento, o meu mundo está um bocadinho desencantado. Que há momentos em que me sinto velha, velha e pisada.
Mas ainda não perdi a capacidade de me desiludir. Talvez isso queira dizer alguma coisa.
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