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Das coisas más e das coisas boas

Há uma passagem no livro "Este país não é para velhos" do fabuloso Cormark (leiam tudo dele, que é brutal),  em que a personagem  Bell , xerife daquelas paragens fala sobre o facto de centrarmo-nos muitas vezes nas coisas más que nos acontecem e relembrar poucas vezes as boas.

Independentemente de dar razão à personagem acho que há motivos positivos para nos lembrarmo-nos das coisas menos boas. Não foi nesses momentos, de dor, que sentimos que demos grandes passos em frente? Que crescemos? Oh e que dores de crescimento são...

Não que ache que precisamos de sofrer para crescer. Não. Mas sei, acredito, vivi, senti que se não tivesse passado por certas dificuldades e dores não seria quem sou. E acho que gosto mais de mim depois destas dores do que de mim antes.

Mas, não escondo, não recalco os momentos bons. Os momentos gloriosos. Os que me fazem sentir que, porra, fui abençoada, e que não interessa se a seguir aparecem os outros e fico espatifada numa parede qualquer. Vale a pena, sim.

É por isso, apenas por isso que sou 0% ou 100%. Preto ou branco.

Comentários

Pulha Garcia disse…
Também sou como tu. Prefiro o preto ou o branco. Mas em compensação comecei a ler duas vezes o "Blood Meridian" do Cormack Macarty e não gostei. Talvez tenha tido azar na escolha, mas nunca faço fretes.
Espiral disse…
Esse não li.

Mas lê a Estrada e este que falei. São tão bons, tão bons. Tenta, pelo menos =)
Isa disse…
Sim, é uma merda mas é assim que crescemos. e nós temos a tendência de não comemorar os bons, mas temos de começar a fazê-lo, celebration, oh yeah ;)
Espiral disse…
Isa =D

\o/ (ó eu de braços no ar ^^)

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Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s