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São ciclos, senhor, são ciclos..

Quem foi a alma caridosa que não me deixa ter um momento de sossego?
Se não estou a morrer a nível emocional, sozinha, a chorar as pedras da calçada, a sofrer por não correspondência, por intensidades desperdiçadas, por amores perdidos, estou a ser consumida a nível profissional?
Quem disse? Quem disse que tenho que me corroer, perder a auto-confiança, sentir-me permanentemente um erro de casting, deixar de perceber quem sou, o que faço, para que sirvo? E não me lixem que no meu caso a minha identidade passa muito por um sentido de utilidade que me ultrapassa.

E a minha cabeça, o meu coração e a minha alma não aguentam isto. E já não sei se sirvo para algo, e se o meu lugar é aqui, é a fazer algo como isto mas noutro sítio, é a lavar escadas ou a salvar crianças em Africa.

O que sobra quando já não sabes o que vales e para que serves?


Comentários

Anónimo disse…
A minha resposta é nada, mas eu tb ligo a auto-estima à utilidade, tanto p mim como p os outros.
Espiral disse…
Limited Edition,

Pois... e agora aprender a lidar com isso?

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