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Não estou ácida hoje, mas estou doente, por isso posso

Começa a cansar-me (já me cansava) o santo consumismo de tudo e mais alguma coisa. E fotos de tudo o que compram, e de tudo o que querem e de tudo o que consomem (seja comida, literatura, música, roupa, produtos, objetos etc).

Cansa-me essa necessidade de mostrar ao mundo que se tem mais coisas, que se come coisas mais deliciosas, que se compra roupa mais cool ou se tem o objeto mais vintage.

A sério, privacidade e discrição são coisas assim tão complicadas? Ninguém as quer?

É que somos sempre iguais, o maldito tuga, que agora não é mostrar que tem o Mercedes ao vizinho do lado, mas mostrar que tem mais tralha, mais gadgets, mais culturalidade, que é mais boémio, mais tudo.

Seca.

Comentários

Anónimo disse…
Isso acontece porque as pessoas dependem demasiado da imagem que transmitem aos outros para construir a sua auto-estima. Entao com viagens, é escandaloso, pq criam um misto de "eu pude comprar" com "eu sou culto e viajado". Mas por mais crítica que seja e compreenda o teu ponto de vista, como é que posso dizer que sou isenta desses comportamentos se falo dos livros que leio, compro e gosto? Ainda ontem publiquei um post sobre isso, tal como ja escrevi sobre essas viagens (odeio qd vejo este tipo de auto promoção mas nao deixa de ser verdade e eu nao deixo de ser imperfeita). No fim do dia acaba por ser mais uma questão de perspectiva do que de verdades absolutas.
Anónimo disse…
Gosto de mostrar porque gosto de ver. Nada a ver com "olha, eu tenho". É como partilhar uma musica,um link, um livro. Sem mais nada. Nem tudo tem segundas intençoes podres.
Espiral disse…
Limited Edition e Mulher Certa;

Claro que a intenção conta. E há muitas maneiras de mostrar as coisas e de as partilhar.

As que falo são ostentativas de "olha eu tenho". Não tem a ver com o ter e com o partilhar mas com a atitude.

É como o exemplo que dei: Conheço imensa gente com carros caros e que mostram alegremente e de boa vontade. Depois há gente que até com um fiat punto novo é presunçoso.
S. G. disse…
Devo dizer, em minha defesa, que não me importo muito com o que pensam dos meus posts, mas, se não fossem os meus posts a resumir o meu mês de filmes, séries e livros, estaria sem escrever nada durante meses....a crise que por aqui anda também questiona o porquê de ler ou a necessidade, ou a importância até de ler...por fim, como confio no meu bom gosto literário, tudo o que eu leio posso sugerir a quem gostar de ler...sem nenhuma intenção, até porque ninguém me conhece...

Cheers

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Do que vale a pena (só sei falar sobre amor)

As pessoas não fazem ideia, não sonham, não pressentem.... Mas em termos emocionais sempre tive uma sorte avassaladora. Sim independentemente, de tudo, a sorte, o timing é fundamental e crucial. Nós apenas jogamos com as cartas que a vida nos dá. E eu tenho/tive uma sorte avassaladora. Porque amei demais, sofri demais, porque mesmo quando perdi, ganhei muito. Porque tive hipóteses, porque tive esperanças, porque me expus, porque nunca, mas nunca me acobardei. Porque tive medo, muito medo. Porque tive coragem. Porque foi sempre vulnerável e sincera. Porque sei a diferença entre perder a dignidade e perder o orgulho. Caramba não sei mesmo explicar como certas experiências são tão enriquecedoras. Quem toca o céu nunca volta ao seu ponto original. E caramba em termos estatísticos ainda tenho mais de metade de uma vida para viver.