Eu e o António Lobo Antunes não devemos concordar em quase nada. Ou eu é que não concordo com ele, já que ele não faz ideia de que raio pessoa eu serei , nunca me viu mais gorda, portanto esta a marimbar-se para o que eu penso ou deixo de pensar. Mas, apesar de não concordar com quase nada em relação a este senhor, seja porque não gosto dos livros que escreve (nos três que li, os três primeiros que escreveu, fala sempre da mesma coisa, mas valia ter escrito só um livro e pronto.), seja porque não concordo com o que pensa de Portugal, de si próprio, das mulheres, etc, mas vá lá, talvez afinal ainda haja esperança e ainda possámos a vir a ser amigos (apesar de, ó Antunes, sê um bocadinho mais simpático, a sério, podias ser menos bruto a dar entrevistas), porque escreveu umas coisas que me fizeram pensar que afinal até pensa, e sente, e etc. Aqui estão umas frases retiradas de um artigo que escreveu na Visão nº804 chamado "Fios desligados" (procurem na net o artigo todo, que vá, tá bonito, deprimente, mas bonito.)
"O que me fez pensar como as mulheres são corajosas e os homens cobardes."
"E pergunto-me se os homens gostam verdadeiramente das mulheres."
"Pois mereço, rua."
Homens deste Portugal, façam por mudar isto, porque é muito triste... e eu até nem acho que sejam todos assim, conheço algumas excepções, mas vá lá, vamos lá a fazer a regra, que será o contrário disto. Que é para eu afinal não ter ponto de concórdia com o António Lobo Antunes. A sério. Traumatiza-me ter pontos de concórdia com ele (que pode ser um amor de pessoa, pode ser um óptimo escritor, etc e coisa e tal, mas pronto, gostos).
Espiral
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