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O que uma mulher quer V

"Nós mulheres somos seres complexos, profundos, insondáveis, intrincados. Dizem que nos separa dos homens a distância que Vénus de Marte. Pessoa não nos compreendia, nem Oscar Wilde ou Shakespeare. E tentaram. Já Simone de Beauvoir atira com uma verdade absoluta como "Não se nasce mulher, torna-se" como quem pede um quilo de maçãs na mercearia. Porque ela é.
Entretanto, os homens perceberam que já não tinham de cortejar ou namorar raparigas com as tias delas a fazer de pau-de-cabeleira, nem trocar sinais escondidos por leques ou lenços. Não. Bastava pagar um copo ao Sábado à noite no Docks às Cátias de Rio de Mouro que elas abriam as pernas. Então, qual Pavlov a olhar para um cão salivante, acharam que tinham percebido as mulheres. Atenção aqui ao plural! As mulheres... Todas, portanto. E, ao 6º dia à noite, descansaram...
Nós por outro lado, pusémos os homens de lado, subvalorizando-os. Considerámo-los dispensáveis ou, no mínimo, substituíveis. Demo-los... por assim dizer... de bandeja às Cátias de Rio de Mouro, com todo o respeito que as Cátias de Rio de Mouro me merecem. Que existe na exacta proporção em que ela se respeitam quando aceitam copos ao Sábado à noite no Docks.
Voltanto aos homens, faço aqui o meu mea culpa. Tenho a minha (larga) quota-parte de responsabilidades. Sei que algumas amigas concordam. Aquelas que sabem que estão melhor (mais leves) sem eles. Não pode ser!
Não quero que deixem de dar voltas à cabeça para pensar em como nos surpreender.
Nós evoluímos, acompanhem-nos. Vocês também, vamos acompanhar. Nós tentamos. A sério! (Mas também não nos importamos mais com o que acontece ao Falcão, ou ao Lucho, ao Jesus ou ao "Zé Eduardo" Bettencourt do que com qualquer personagem do Grey's Anatomy...). Bem, nós simplificámo-nos. Agora, vocês compliquem-se.
Não digo para nos aparecerem montados em cavalos ao pôr-do-sol, para nos resgatar das nossas vidas de sucesso e casas confortáveis (as únicas bruxas más dos tempos modernos são sandálias com saltos 12 cm que, também por vocês, nos matamos a domar), mas passem no supermercado, comprem vinho e queijo e mandem-nos uma mensagem: "Picnic em frente ao rio daqui a 10 min?"
É assim tão difícil perceberem que não queremos que nos percebam?"




De um blog que li hoje por acaso. É mesmo isto! Especialmente a parte de os atirarmos de bandeja para as Cátias de Rio de Mouro. Vacassss! E nós somos parvas.

Espiral

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s